Opinião
Onde pára a Justiça?
Por estes dias, recordei um jantar de amigos, há cerca de 10 anos, que contava com a presença de Pedro Passos Coelho, longe de ainda ser líder do PSD, onde reflectíamos sobre mudanças estruturais importantes para o nosso País e que continuavam adiadas.
Nesse encontro, para além de outras áreas, elegi como prioritária a Justiça.
Já nessa altura, justa ou injustamente, pairava a ideia de que a Justiça era lenta, complexa e sempre muito mais célere em questões menores do que em casos relevantes, e que as decisões finais chegavam, quase sempre tarde, ou dito de outra forma, fora de tempo.
Baseava esta minha preocupação, também, pela forma como os investidores, sobretudo os estrangeiros, avaliavam o funcionamento da Justiça e como essa análise poderia condicionar a sua intenção de investimento em Portugal.
Já para não falar nos expedientes que subsistem, ver os processos de insolvência, a arrastarem-se por anos e anos e com implicações directas sobre terceiros. Ora, passados todos estes anos, e com a intervenção de vários Governos, pergunto, será que estamos melhor?
Surgiu-me esta interrogação, por alguns casos recentes, onde se continua a promover uma mediatização para lá do normal, nalguns casos até com supostas fugas de informação, quase querendo apontar o veredicto final em directo.
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*Presidente da Câmara de Ansião