Opinião
Qual é a Estratégia de Leiria?
No último fim-de-semana, enquanto se fazia o Carnaval de rua no Pedrógão, a poucos quilómetros mais a sul, os banhos estavam desaconselhados na foz do rio Lis, na praia da Vieira, e também no ribeiro de São Pedro.
Não se trata de um problema balnear, mas sim de uma incúria de Leiria quanto à persistente poluição do rio Lis.
Em jargão económico, o que Leiria está a fazer é impor uma externalidade negativa às praias da Marinha Grande. Uma externalidade que as suinicultoras têm, de igual modo, imposto ao concelho. Afinal, qual tem sido a estratégia da Câmara Municipal de Leiria (CML)?
Nos últimos três anos, o IMI médio orçamentado pela CML foi de 18 milhões de euros. E tanto dinheiro para quê? Nesses últimos três anos, a Câmara adquiriu imóveis no montante de 9 milhões de euros, terrenos no valor de 6 milhões e a requalificação do mercado municipal orçamentado em 4 milhões. Ou seja, 19 milhões de euros em edificado (e sem contar com o futuro pavilhão multiusos). E para quê?
Há uma estratégia unificada que justifique essa megalomania? Não! Por exemplo: dentro do mercado municipal vai funcionar uma associação Startup para a promoção do empreendedorismo, já havendo em Leiria a Incubadora D. Dinis para esse efeito e com os mesmos associados.
Pergunta-se: Leiria precisa de duas entidades promotoras de empreendedorismo? Não foi Leiria que, ainda este ano, desceu no ranking das cidades mais atractivas para se viver e investir? O projecto do aeroporto civil na BA5 só existiu para que Leiria pudesse fazer uma frente política a Coimbra. É um engodo político.
Na verdade, o que Leiria deveria fazer era, neste exacto momento, pensar numa plataforma logística na futura zona industria
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