Opinião

Uma vénia aos heróis locais do grande ecrã

5 abr 2017 00:00

Venho só aqui deixar uma vénia aos leirienses resilientes que andam aí a mostrar cinema marginal aos leirienses adeptos de sofá, chá e bolachinhas (ou minis e rissois de camarão, vá).

Exibir cinema em Portugal fora dos circuitos comerciais, seja em formato festival ou cineclube é, provavelmente, das tarefas culturais mais ingratas e frustrantes dos dias de hoje.

Programar para um público que, genericamente, tem uma herança cinéfila praticamente nula é um pesadelo. Eu sei. Fi-lo durante alguns anos no Interior do País e senti na pele os problemas da mudança geracional do público para o qual trabalhávamos.

Mudam-se os interesses, mudase a capacidade de motivação e escolher, programar, exibir, organizar, torna-se um pesadelo de dimensões épicas. É pior que começar do zero.

Nos últimos 10 ou 15 anos os hábitos de consumo cinematográfico alteraram-se substancialmente e, hoje em dia, um dos principais motivos para alguém se dar ao “trabalho” de assistir a uma sessão de um festival de cinema, ou de um cineclube, é a possibilidade de ser surpreendido, de ver o que nunca viu e pensava ser impossível de ver.

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*Editor-in-chef, Vice Portugal