Sociedade

Estudantes da Guia pedem língua gestual e mais cidadania no Parlamento dos Jovens

31 mai 2024 11:19

“Viver Abril na Educação, numa escola mais plural e participativa”

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Soraya Gomes e Mariana Carriço são alunas do 9.º ano da Escola Básica e Secundária da Guia
Fotografia: Jacinto Silva Duro
Jacinto Silva Duro

Soraya Gomes, 15 anos, e Mariana Carriço, 14 anos, são alunas do 9.º ano da Escola Básica e Secundária da Guia, em Pombal, e foram duas de um grupo de seis jovens que representaram o círculo eleitoral de Leiria no Parlamento dos Jovens.

A iniciativa decorreu entre 6 e 7 de Maio, em Lisboa.

Além da Guia, os restantes “deputados” que integraram um hemiciclo composto por um total de 132 alunos do ensino básico de todo o País, eram oriundos da Escola Básica e Secundária D. Pedro I, de Alcobaça, Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro e Escola Básica D. João II, ambas de Caldas da Rainha.

Os jovens do círculo de Leiria, distribuídos por quatro comissões, debateram os 22 Projectos de Recomendação aprovados nas sessões distritais e regionais.

O tema deste ano era “Viver Abril na Educação, numa escola mais plural e participativa.”

“Falámos sobre educação, mas também na igualdade no desporto escolar", conta Soraya Gomes.

Os jovens preconizaram estratégias diferentes para os alunos migrantes e para a alteração do currículo, apostando mais em aulas de cidadania, criando condições para o ensino opcional da língua gestual portuguesa.

“Falou-se na possibilidade de a participação democrática, a política ou o dever cívico serem obrigatórios nas aulas de cidadania”, explicam as alunas.

“Também se falou na questão de os exames nacionais serem em papel, enquanto não houver material informático em todas as escolas”, adianta Mariana Carriço.

Os alunos sugeriram ainda que o currículo não fosse tão focado em matérias como Português ou Matemática e que fossem valorizadas outras disciplinas, que têm sido “mais menosprezadas”.

Na sessão plenária que decorreu no segundo dia, foram debatidas as medidas aprovadas nas reuniões de comissão.

No final, todos os jovens deputados do continente e das ilhas, e dos círculos da Europa e de fora da Europa, votaram, uma a uma, as ideias que queriam que fossem alvo de uma grande proposta final, que tomou a forma de uma recomendação entregue ao presidente da Assembleia da República, para que fosse apresentada ao Governo.