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Fazunchar anuncia nove dias de actividades com curadoria de Ricardo Romero

17 jun 2024 09:00

A arte urbana continua a encabeçar o programa do festival em Figueiró dos Vinhos, mas também há concertos, dança e um piquenique comunitário

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Manolo Mesa, um dos artistas já anunciados
DR

A edição de 2024 do Fazunchar começa a 10 de Agosto e logo no primeiro dia será inaugurada no Museu e Centro de Artes de Figueiró dos Vinhos uma exposição de pintura, da autoria de Martinho Costa, que resulta da residência realizada no ano passado.

Durante a semana, e em vários pontos do concelho, segundo o programa divulgado hoje pela organização, poderão ser contempladas pinturas murais da autoria de Fred Battle_Zoerism (França), Manolo Mesa (Espanha), Regg Salgado (Portugal) e Mariana Santos (Portugal), e outras, provenientes de open call.

O festival estende-se por nove dias, até 18 de Agosto, com curadoria de Ricardo Romero.

Na quarta-feira, 14 de Agosto, realiza-se a Oficina Thrásos, de pintura e escultura, em que Ricardo Romero pretende consciencializar os participantes para o poder de comunicação da arte urbana para defender direitos básicos ambientais e animais.

Na tarde de sexta-feira, 16 de Agosto, está prevista uma visita guiada, a pé, pela rota de arte urbana patente na vila, com contributos que vão deixando os artistas que passam pelo Fazunchar, e, à noite, a agenda inclui a apresentação do resultado da residência artística de Pedro Coquenão (Batida), uma visita dançada com Inesa Markava e um set com DJ's locais.

Na manhã e tarde de sábado, 17 de Agosto, outra visita guiada, a rota dos fregueses, em autocarro, com almoço a meio da jornada, percorre as aldeias do concelho, onde também as pinturas foram chegando nos últimos anos.

Ainda a 17 de Agosto, mas à noite, há roda de conversa com os artistas, concerto de Mimicat, Beatbombers (DJ Ride e Stereossauro) e DJ set com An Alpha Betos.

O encerramento, no domingo, 18 de Agosto, faz-se com um piquenique comunitário e uma oficina de serigrafia, para crianças, com orientação de Dois Demónios.

Residências artísticas, concertos, workshops, visitas e exposições concorrem para o objectivo, do Município, de continuar a afirmar Figueiró dos Vinhos como “uma referência no panorama da arte urbana nacional, como galeria de arte viva a céu aberto”.

“A arte urbana é uma poderosa ferramenta de promoção e desenvolvimento turístico, na transformação social, urbanística e económica de um qualquer território, para além de corporizar o sentimento de pertença da comunidade”, argumenta a Câmara de Figueiró dos Vinhos, em comunicado de imprensa.

“Pretendemos trazer à tona aquilo que é a identidade local com as manifestações artísticas, mantendo viva e não esquecendo a passagem por Figueiró dos pintores Henrique Pinto e José Malhoa e dos escultores Simões de Almeida Tio e Sobrinho. Todo o movimento naturalista presente no trabalho destes artistas continuará a ser a linha condutora de todas as disciplinas presentes no festival com o foco central na comunidade”, pode ler-se na mesma nota de divulgação.

O intercâmbio entre gerações, a comunhão dos artistas e do público com o meio envolvente e a participação das crianças e jovens do concelho são características do Fazunchar, que este ano integra novas disciplinas artísticas, como a dança, a escultura e a animação.

Fazunchar significa fazer, no dialecto local, o laínte, usado outrora no território pelos comerciantes para que não fossem entendidos.