Sociedade

GNR de Leiria recuperou 735 animais selvagens em três anos

22 ago 2019 00:00

Raposas, avestruzes, cobras, tartarugas e flamingos entre os exemplares resgatados pela GNR

Fotografia: SEPNA/GNR
Fotografia: SEPNA/GNR
Fotografia: SEPNA/GNR
Fotografia: SEPNA/GNR
Fotografia: SEPNA/GNR
Fotografia: SEPNA/GNR
Fotografia: SEPNA/GNR

Vinte e dois de Fevereiro de 2017, Benedita. Uma equipa de militares do Núcleo de Protecção Ambiental das Caldas da Rainha e do Posto Territorial da Benedita foi chamada a uma casa abandonada. 

Quando entraram depararam-se com um cenário pouco habitual: mais de duas dúzias de cobras piton “bem cuidadas”, conta Pedro Teixeira, ex-chefe da Secção do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR de Leiria, entretanto transferido para o comando de Aveiro. 

Uma denúncia levou os militares a encontrarem diversas espécies protegidas e abrangidas pela convenção CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção). Dentro da casa devoluta encontravam-se 25 cobras piton, uma cobra do milho e 26 roedores que seriam utilizados para alimentar os répteis. 

“Tivemos de pedir a colaboração do ICNF. Normalmente, estas situações surgem por denúncias. As pessoas têm algum receio e contactam-nos, seja por telefone, email, presencialmente ou até pela linha SOS Ambiente”, explica. 

Esta foi das recuperações mais “estranhas” de espécies protegidas do SEPNA de Leiria, mas mui- tos são os animais que já foram salvos pelos 39 militares desta equipa especializada da GNR, onde estão ainda integrados 12 antigos guardas florestais. 

Raposas, cágados, avestruzes, cobras, tartarugas, flamingos, diferentes aves e répteis, ouriços ou morcegos num total de 735 animais foram recuperados pelo Comando Territorial da GNR de Leiria, nos últimos três anos. Uma das apreensões mais recentes foi a de uma raposa vermelha, na localidade de Pataias, concelho de Alcobaça. 

Vigilância da floresta e poluição dos solos
Competência vai “muito além” dos animais

A competência do SEPNA vai muito para além dos animais. Os militares desta equipa têm à sua responsabilidade tudo é que está relacionado com o ambiente e natureza. Dentro do SEPNA existem os núcleos de investigação de crimes e contra-ordenações ambientais e o de análise e coordenação técnica ambiental. Este último analisa as ocorrências e os locais onde há maior perigo, tendo em conta o histórico de incêndios, permitindo à GNR a gestão e direccionamento do seu patrulhamento. Entre várias competências, o SEPNA tem a seu cargo todas as acções de prevenção, vigilância, detecção e investigação das causas e validação das áreas ardidas dos incêndios florestais e de defesa da floresta contra incêndios e fiscalizar o cumprimento da legislação.

“Após uma denúncia de um popular, os militares reco- lheram um exemplar da espécie cinegética raposa vermelha, Vulpes vulpes, da família Canidae, que se encontrava em cativeiro não autorizado, desde 2017”. 

O exemplar foi entregue no Centro de Recuperação de Animais Selvagens em Montejunto. Este é um dos locais de referência da GNR para encaminhar as espécies em perigo ou feridas. “Há animais que são devolvidos ao seu habitat natural. 

As pessoas assustam-se muito com cobras, mas, na maioria dos casos, trata-s

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