Sociedade
Há cinco anos que não nasciam tantos bebés no distrito
Em 2016, nasceram 3.489 bebés no distrito, o que representa o valor mais elevado dos últimos cinco anos. A nível nacional, também houve melhorias na natalidade.
Há algum tempo que Sofia Batista e o marido queriam dar um irmão ou uma irmã ao Pedro, que, em breve completará seis anos. A instabilidade profissional do marido, que, nos últimos anos, passou por vários empregos, foi adiando o projecto, que acabou por ver a luz do dia em Novembro último, com o nascimento de Mariana.
“Já vou a caminho dos 38 anos. E, embora o meu marido esteja a contrato, decidimos que não podíamos adiar mais. Se esperássemos pelas condições ideais, provavelmente ficaríamos só com um filho e isso não queríamos”, conta Sofia, confessando que sempre sonhou ter uma família mais alargada.
“Somos quatro irmãos. Sempre nos demos muito bem e é uma alegria quando nos juntamos. Se pudesse, teria mais um filho, mas dois já vai ser uma aventura”, diz esta mãe que, através de Mariana, contribuiu para o aumento da natalidade registado em 2016, quer na região, quer no País
De acordo com dados do Instituto de Registos e Notariado, há cinco anos que não nasciam tantos bebés no distrito. No ano que agora terminou, foram registados nas conservatórias da região 3.489 bebés, ou seja, mais 164 do que no ano anterior (ver gráfico).
Também a nível nacional, os números mostram um aumento. Em 2016, até ao dia 28 de Dezembro, nasceram em Portugal 82.381 bebés, mais 1.147 do que no ano anterior, números que reflectem uma melhoria da natalidade, o que acontece pelo terceiro ano consecutivo.
Especialista em demografia, Maria João Valente Rosa fala num 'descongelar' da parentalidade. “Num período particularmente complicado, com a crise dos últimos anos, houve um adiar de um projecto [ter um filho]. Só que esse adiar tem um limite biológico, no caso das mulheres, e até psicológico que, para muitos casais, estava agora a aproximar-se do fim”, concretiza.
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