Sociedade

Investigadores do Politécnico estudam produção sustentável de papaias

2 dez 2022 16:57

Projecto pretende desenvolver processos e produtos eficientes, orientados para a transferência de tecnologia para a indústria, agroindústria e agricultura

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Um grupo de investigadores do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) está a estudar a evolução do crescimento de papaieiras, assim como a viabilidade relativamente à sua frutificação, através da técnica de Aquaponia. A investigação dura cerca de um ano e tem como principal objectivo comparar as características morfológicas e de crescimento das plantas, sob o efeito de dois substratos (leca e tjolo triturado), informou a instituição, esta sexta-feira, 2 de Dezembro.

Com este estudo, os investigadores esperam contribuir para a definição de novos processos e de produtos eficientes e sustentáveis, que permitam depois transferir tecnologia para a indústria, agroindústria e agricultura, e apoiar futuros interessados nesta área, através da disponibilização de suporte técnico, científico e de formação.

Segundo informações do IPL, a Aquaponia é um sistema integrado e sustentável que combina a produção de animais aquáticos, geralmente peixes (Aquacultura) com a produção de plantas apenas em água e sem solo (Hidroponia). No ciclo de Aquaponia, os nutrientes necessários para o crescimento das plantas são obtidos a partir das excreções resultantes da alimentação dos peixes, cujos dejectos são transformados por acção de bactérias em nutrientes facilmente absorvidos pelas raízes das plantas. Com a absorção dos nutrientes por parte das plantas, a água é tratada e reutilizada no tanque dos peixes.

«Num ambiente de simbiose, num único sistema amigo do ambiente, é possível a obtenção de proteína animal proveniente dos peixes e o cultivo de variados tipos de vegetais. O objectivo principal é analisar o crescimento dos peixes e os níveis de produtividade das diferentes culturas de plantas num sistema de produção agrícola sustentável, que requer um baixo consumo de recursos (energia e água), um uso reduzido de químicos e não requer uso de solos», sendo viável em áreas urbanas, explicam os professores e investigadores Fernando Sebastião, Judite Vieira e Raul Bernardino.