Sociedade
Mais seis meses e 200 mil euros para obra de centro escolar de Marrazes
Erros de projecto, “má execução por parte da anterior empresa” e “melhoria da solução de projecto” são outras das razões para justificar os trabalhos a mais.
As obras do centro escolar de Marrazes, que incluem um pavilhão desportivo, vão demorar mais seis meses e ter um custo acrescido de quase 200 mil euros. Este valor resulta da aprovação de trabalhos complementares (310 mil euros) e a menos (113 mil euros), que teve lugar na reunião de câmara realizada na terça-feira, com o voto contra dos vereadores da oposição, que criticam também o prolongamento da empreitada.
“Será mais um ano a marcar passo, com prejuízo para as nossas crianças”, lamentou Álvaro Madureira (vereador independente), assumindo que os alunos terão de esperar “mais um ano lectivo” para ter acesso às novas instalações.
O autarca da oposição considerou ainda que é difícil de compreender alguns dos trabalhos a mais, apontando como exemplo intervenções superiores a 80 mil euros que resultam de danos provocados por assalto e vandalismo do espaço durante o tempo em que as obras estiveram paradas.
Erros de projecto, “má execução por parte da anterior empresa”, à qual foi inicialmente adjudicada a obra, e a “melhoria da solução de projecto” são outras das razões para justificar os trabalhos a mais. O vereador Ricardo Gomes, que entre outros pelouros tutela as obras municipais, alegou que entre uma empreitada e outra houve “a degradação natural de alguns equipamentos”, tendo-se constatado agora a necessidade de os substituir, evitando “mais custos no futuro”.
Na resposta à oposição, o autarca recordou ainda que a nova adjudicação ficou cerca de “1,5 milhões de euros abaixo do preço base, o que permite compensar os trabalhos a mais” Este argumento foi contestado por Álvaro Madureira: “Parece que há um buraco negro. Não se pode dizer isso. Parece que há folga para o que der e vier”.