Sociedade
Mosteiro da Batalha mais do que duplica visitantes em 2022 face ao ano anterior
Foi o terceiro monumento mais visitado do País no último ano, só ultrapasso pelo Mosteiro dos Jerónimos e pela Torre de Belém.
No último ano, o Mosteiro da Batalha foi visitado por 288.386 pessoas, ou seja, mais do dobro das entradas registadas em 2021 (124 032), ano ainda marcado por restrições impostas pela Covid-19. Os números colocam o mosteiro como o terceiro monumento nacional mais visitado em 2022, só ultrapassado pelos Jerónimos e pela Torre de Belém.
O Mosteiro de Alcobaça, com 193.881 entradas, surge na quinta posição, atrás do Convento de Cristo de Tomar.
As estatísticas da Direcção-Geral do Património Cultural revelam que os museus, monumentos e palácios nacionais recuperaram quase dois milhões de visitantes em 2022, das perdas durante a pandemia, somando um total de 3.339.416 entradas.
Os números de 2022 ficam, no entanto, aquém da melhor marca pré-pandemia, obtida em 2017, com 5.072.266 entradas (+34,2% do que em 2022), e também de 2018, que tinha apontado 4.677.407 entradas (+28,6%), e de 2019, com 4.685.371 (+28,7%), de acordo com os dados estatísticos da DGPC. No caso do Mosteiro da Batalha, por exemplo, em 2017 tinham sido contabilizadas 492.093 entradas.
Contactada pela Lusa sobre o balanço de visitantes, a DGPC toma como ano de referência 2017 – ano em que museus e monumentos nacionais ultrapassaram pela primeira vez os cinco milhões de entradas –, e sublinha que foram os monumentos os equipamentos que recuperaram mais em 2022, depois da pandemia, afastando-se, em média, -29% daquele valor, enquanto os museus tiveram -41% e os palácios -43,7%.
Quanto aos equipamentos culturais mais visitados neste universo de equipamentos culturais nacionais, o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, está no topo, com 870.321 entradas e a Torre de Belém, também na capital, somou 377.780 visitantes.
Nos palácios, lidera o Palácio Nacional de Mafra – inscrito como Património Mundial em 2019 – que registou 189.694 entradas em 2022, seguido do Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, com 94.307 visitantes.
Em 2022, nos museus, o quadro estatístico indica que o Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa, somou 202.900 visitantes, seguido do Museu Nacional dos Coches, também na capital, com 181.594 entradas, e do Museu Monográfico de Conímbriga, com 132.004 visitantes.
Em 2021, o Observatório Português de Atividades Culturais (OPAC) avaliou que, globalmente, o universo de 660 museus do país tinha sofrido uma perda entre 70 e 80 por cento de entradas devido às restrições impostas pela pandemia Covid-19, tendo os visitantes ficado reduzidos praticamente aos nacionais.