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Óbidos eleita vila literária pela UNESCO (actualizada)

11 dez 2015 00:00

Selo da UNESCO é “um estalo de luva branca” para quem “desdenhou” da estratégia, diz presidente da Câmara

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O presidente da Câmara de Óbidos considera que a integração da vila na rede de “cidades da literatura” da UNESCO é “um estalo de luva branca” para quem “desdenhou” da estratégia da autarquia.

Em reacção à distinção da UNESCO, que hoje escolheu Óbidos como uma das “cidades da literatura”, no âmbito da rede mundial The Creative Cities Network, Humberto Marques diz ainda que este reconhecimento vem provar que “era possível imprimir uma transformação das actividades económicas a partir de uma agenda para a inovação”.

O autarca frisa que esta “chancela” da UNESCO reconhece Óbidos como “um território criativo também na área da literatura, que é a base do conhecimento”. Situação à qual atribui ainda mais valor por partir de uma entidade “independente” e “conhecida internacional por ser muito exigente”.

“Este reconhecimento é a prova de que a nossa estratégia, que incluiu, por exemplo, a compra de imóveis dentro da vila, a procura de fundos comunitários e atracção de investimento privado que permitiu criar uma rede de livrarias, foi feliz”, acrescenta Humberto Marques.

Apesar de o momento ser de alegria, o presidente da Câmara de Óbidos não esquece as dificuldades pelas quais passou o processo. “Houve momentos difíceis, quando muitos gozaram e desenharam da nossa estratégia. Agora vão ter que engolir. Este reconhecimento é um estalo de luva branca para essas pessoas”, afirma.

A UNESCO Creative Cities Network (UCCN), criada em 2004, escolheu esta sexta-feira Óbidos como uma das “cidades da literatura”, no âmbito da rede mundial The Creative Cities Network, que agrupa 69 cidades em diferentes áreas, da gastronomia ao artesanato, passando pela literatura.

Óbidos é a 12.ª classificada na lista da organização, ao lado de Edimburgo (Escócia), Melbourne (Austrália), Iowa City (EUA), Dublin (Eire) Reiquejavique (Islândia), Norwich (Inglaterra), Cracóvia (Polónia), Heidelberg (Alemanha), Dunedin (Nova Zelândia), Granada (Espanha) e Praga (República Checa).