Viver

Palavra de Honra | Já não há paciência para aturar gente desinteressante, há que dar espaço para os outros emergirem!

9 ago 2021 09:18

Nuno Leal, professor e músico

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- Detesto... esperar ou, pior ainda, fazer esperar. Costumo dizer que chegar antes da hora marcada é chegar a horas. Se chegar na hora marcada, estou atrasado. Se chegar depois da hora, então nem vim!

- A ideia é... ir vivendo cada dia como se fosse o último. Quando tomamos as coisas por adquiridas, vira tudo ao contrário. Olha, veja-se o exemplo do “bicho” (Covid- -19) que apareceu sem aviso e tudo mudou.

- Questiono-me se... há mesmo necessidade de o combustível estar tão caro! Arrisco dizer ser a minha maior despesa, não por muito tempo! (Eléctrico a caminho)

- Adoro... sentar-me a uma mesa, como convidado, e ter o talher disposto para canhoto, pois é nestes pequenos gestos que vemos quem nos conhece bem!

- Lembro-me tantas vezes... de... ou será de... ou mesmo de... o que é que estávamos a falar mesmo?

- Desejo secretamente... comer uma dúzia de pastéis de nata. Pois um não sabe a nada. Há muita coisa que se for só um prefiro nem tocar!

- Tenho saudades... dos velhos tempos de música ao vivo, daqueles onde só havia música à sexta ou ao sábado. Sim! Nem sempre foi como agora que é todos os dias. Perdeu-se o conceito.

- O medo que tive... já o tenho. Ao fim de 18 anos a saltitar, a dar aulas por vários sítios, finalmente, efectivei e não vou voltar a ficar desempregado em Agosto!

- Sinto vergonha alheia... quando bebo e penso que fiz uma noite brutal até ver vídeos!

- O futuro... é incerto. Mas é na incerteza que encontramos os maiores desafios. Vamos lá!

- Se eu encontrar... uma nota no chão pergunto três vezes de quem é em voz alta. Uma em russo, outra em polaco e outra em ucraniano. Sou bom em línguas.

- Prometo... não voltar a beber, ainda referente ao ponto da vergonha alheia. Estou a brincar. Já nem bebo desde ontem!

- Tenho orgulho... quando vejo alunos meus de música a superarem-se e mesmo a mim. Há que ter humildade para reconhecer quando já não temos mais nada para ensinar