Sociedade

Pombal cria ilhas-sombra, com árvores autóctones, para “temperar” temperatura das ruas

17 dez 2023 09:30

Foram ainda colocadas caixas-ninho, destinadas a chapins e turdídios

Quando crescidas, ilhas-sombra vão permitir usufruto do ar livre, mesmo nos dias quentes
Quando crescidas, ilhas-sombra vão permitir usufruto do ar livre, mesmo nos dias quentes
DR
Quando crescidas, ilhas-sombra vão permitir usufruto do ar livre, mesmo nos dias quentes
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Jacinto Silva Duro

As urbanização das Cegonhas e das Oliveiras, a zona de Santorum e o Jardim do Vale, entre outras ruas e bairros de Pombal estão a caminho de se tornarem mais verdes e agradáveis, com maior conforto térmico, após a criação de 40 ilhas-sombra, que vão funcionar como uma espécie de “ar condicionado natural”.

Estudos mostram que a existência de árvores nas ruas pode reduzir até 3ºC a temperatura das cidades.

A autarquia promoveu esta iniciativa plantando quatro árvores e dez arbustos autóctones por ilha, que cobrem uma área de 16 metros quadrados, cada.

Segundo Pedro Pereira, engenheiro agroflorestal e técnico superior da Unidade de Espaços Verdes e Lazer da autarquia, a ideia inicial contemplava a criação de 39 unidades com 170 árvores, e a plantação de 22 árvores em alinhamento junto ao rio Arunca.

Contudo, graças ao trabalho de planeamento, foi possível aumentar esse número para 207, permitindo a criação de uma ilha-sombra suplementar.

Além disso, o alinhamento junto ao rio foi transformado em bosquete.

As árvores e arbustos escolhidos são autóctones, adaptados ao nosso clima: carvalhos robur e faginia, sobreiros, castanheiros, freixos, lódãos, azereiros, alfazemas, rosmaninho, aroeiras, pimenteiras e loureiros.

Nas árvores das proximidades, foram colocados 51 ninhos para incentivar a nidificação de chapins e turdídios, tarefa onde o grupo Os Amigos do Arunca deu uma ajuda.

“Foram essenciais neste trabalho, uma vez que têm grande conhecimento da avifauna e como orientar os ninhos”, diz Pedro Pereira.

As caixas-ninho foram construídas por utentes da Cercipom e colocadas entre os quatro e os seis metros de altura.

“Com diferentes orientações solares, para depois estudarmos quais são os que têm primeira ocupação ou quais terão duas posturas”, explica Emanuel Rocha, d’Os Amigos do Arunca.

As ilhas-sombra foram alvo de uma candidatura ao PT 2020 e têm como fim “temperar” as zonas expostas ao sol e altas temperaturas, como resume Pedro Pereira.