Sociedade

Ruptura em conduta deixa habitantes do Vale Sepal sem água

6 jan 2021 13:11

SMAS vão disponibilizar pontos de água e estão a substituir válvulas e parte da conduta

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Abastecimento poderá só estar restabelecido ao final do dia
Jornal de Leiria/Arquivo

Os habitantes da zona do Vale Sepal, Planalto, Marinheiros e Rua Paulo VI têm sofrido cortes de água desde domingo.

"Desde o dia 3 de Janeiro que temos vindo a fazer reparações de emergência no sentido de restabelecer rapidamente o abastecimento de água na zona do Vale Sepal. Da análise técnica realizada, verificámos que é necessário efectuar a reabilitação estrutural numa parte da rede de abastecimento, que envolve a substituição de válvulas de seccionamento e a renovação parcial da conduta", refere uma nota dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), 

Segundo os SMAS, prevê-se que esta intervenção ainda decorra durante todo o dia de hoje, com previsão de restabelecimento pelas 17 horas.

"Para atenuar o transtorno causado vamos disponibilizar, de imediato, dois pontos de água, um junto à Rua da Escola (em frente à escola dos Marinheiros) e na Rua do Vale Sepal (a 50 metros da Rua dos Costas) para suprimir necessidades básicas", informa ainda a empresa.

Para isso, os munícipes devem deslocar-se ao local com reservatórios de água apropriados para o efeito.

"Sensibilizamos também a necessidade de verificação de torneiras abertas, de modo a evitar inundações aquando o restabelecimento da água. É previsível que, quando for retomado o abastecimento, a água apareça com uma tonalidade branca. Esta situação resulta da emulsão de ar na água e não tem qualquer interferência na sua qualidade."

Os SMAS afirmam ter consciência dos "transtornos que a falta de água provoca", mas garantem que estão a tentar "reparar de forma célere para garantir a implementação de uma solução robusta e duradoura".

Na última reunião de Câmara de Leiria, questionado pela oposição do PSD sobre a interrupção no abastecimento de água nestes dias, o presidente do Município, Gonçalo Lopes, confirmou a existência de uma "ruptura grave, complexa".

"O sistema de fornecimento e distribuição de água em algumas zonas são sistemas antigos e quando se parte provoca enormes transtornos, uma vez que tem de se trabalhar com pinças, porque ao reparar num lado pode-se partir no outro. Temos de pensar em soluções, algumas delas estruturais, que impliquem a devida modernização e a respectiva substituição", adiantou Gonçalo Lopes.

O vereador Ricardo Santos acrescentou que a "conduta tem cerca de 40 anos".

"Está já a ser avaliado pelos serviços remodelar toda aquela rede de abastecimento, porque após uma primeira ruptura, a infra-estrutura torna-se mais sensível a novas rupturas. Além das condutas serem muito antigas, também as válvulas acabam por se degradar e não foi possível fechar um conjunto de válvulas para confinar a apenas uma área e afectar o menor número de pessoas possivel", informou ainda Ricardo Santos.