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Sérgio Godinho no primeiro dia de um novo programa para o Castelo de Leiria

14 jul 2022 09:30

Ágora decorre até Outubro e começa no próximo fim-de-semana no Castelo de Leiria

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O novo projecto da Omnichord no Castelo de Leiria com curadoria de Gui Garrido (um dos programadores do festival Nascentes e até ao ano passado director artístico do festival A Porta) começa já este fim-de-semana e reúne música, teatro, palavras, instalações e oficinas infanto-juvenis.

Ágora é, segundo a nota de divulgação, “um lugar de encontro e de partilha”.

Talvez o nome maior do dia inaugural do Ágora seja Sérgio Godinho, embora o compositor e cantor não venha a Leiria para tocar ao vivo, mas, sim, para falar sobre o livro de que é autor editado no final do ano passado, com o título Palavras São Imagens São Palavras, um diálogo entre a poesia e a fotografia. A conversa está agendada para as 15:30 horas do próximo sábado, 16 de Julho.

Além de Sérgio Godinho, o programa do Ágora para 16 de Julho inclui, uma hora mais tarde, um concerto de B Fachada, cujo últi- mo disco é Rapazes e Raposas. E, às 17:30 horas, outro concerto, pelas Ninfas do Lis, acompanhadas por um quarteto de jazz. As actividades começam às 14:30 horas, no entanto, com uma oficina dirigida ao público infantil e juvenil: “Quadrado a quadrado caminho pintado”.

Sábado é também o dia em que se revela a instalação Fragmento, de João Pedro Fonseca.

No domingo, 17 de Julho, destaque para o espectáculo de teatro Antiprincesas: Frida Khalo, uma criação para o público infanto-juvenil de Cláudia Gaiolas, que foi fundadora do Teatro Praga e trabalhou nos últimos anos com diversos colectivos e artistas.

Frida Khalo faz parte de uma série de quatro espectáculos criados por Cláudia Gaiolas a partir da colecção de livros Antiprincesas, editada pela Tinta da China e pela EGEAC, sobre mulheres que marcaram a história.

O domingo do Ágora é todo dedicado aos mais novos, com as oficinas “Vamos fazer bandeiras” e “Arquitecturas fantásticas” às 14:30 e o concerto “Música com História(s)” uma hora mais tarde.

No projecto Ágora, estão previstos quatro fins-de-semana com programação no Castelo de Leiria, até Outubro, um fim-de-semana por mês, com acesso através do bilhete normal para ingresso no monu-mento.

Ágora quer ser um espaço de reunião, de assembleia, de união, mas também se retira o acento para ser o espaço do agora, num castelo que carrega milhares de anos de história”, refere Guilherme Garrido, citado pela agência Lusa. “Como a ágora – praça pública nas cidades da Grécia antiga – queremos criar um lugar de reunião e perceber, depois das pessoas estarem reunidas, o que é que acontece”.

Também com currículo na produção de eventos como o Super Nova, o Tremor e o Mapas Natureza, Gui Garrido propõe uma “programação transversal e transgeracional” para o Castelo, com o intuito de explorar “imagens e palavras que ficam cravadas na nossa história e na nossa memória”, para, daí, se criarem “novas histórias, mais contemporâneas e que projectam o agora e também um futuro”, adianta à agência Lusa.

As actividades estão planeadas também como forma de o público “ir viajando e descobrindo os diferentes espaços do Castelo” e o Ágora quer “convidar as pessoas a subir ao Castelo para ver, reflectir, sentir e respeitar o espaço”. No final do ciclo, a organização quer contribuir para a reflexão em torno de como é que hoje “o Castelo inspira alguma coisa e continua a transformar”.