Sociedade
Sorgila suspende pedido de prospecção de caulinos na Barosa
Empresa vai reavaliar o projecto com a autarquia de Leiria e União de Freguesias de Marrazes e Barosa
A empresa Sorgila comunicou à Câmara Municipal de Leiria que suspendeu, por 90 dias, o pedido de atribuição de direitos de prospecção e pesquisa de depósitos minerais de areias siliciosas e caulinos, denominada Barosa, localizado na União de Freguesias de Marrazes e Barosa e freguesia de Amor.
A decisão, diz o comunicado da empresa, surge após diligências efectuadas entre a Sorgila e as entidades que tutelam este sector.
Durante cerca de três meses, a empresa irá reavaliar o pedido com a câmara municipal, as juntas de freguesia e a Direcção-Geral de Energia e Geologia.
Segundo a nota, a empresa irá também prestar os devidos esclarecimentos aos interessados dos territórios abrangidos pela sua pretensão.
Em causa está um pedido feito pela empresa Sorgila para pesquisa numa área de 76,6 hectares, entre a Barosa e a zona do Casalito (Amor), contestada por autarcas e população. No sábado, cerca de duas centenas de pessoas participaram numa sessão de esclarecimento, onde foi aprovado um abaixo-assinado e feito um apelo à participação na consulta pública, que termina esta sexta-feira, dia 24 e cujos contributos devem ser feitos através do portal participa.pt.
A Junta de Freguesia de Amor e a União de Freguesias de Marrazes e Barosa estão a promover um abaixo-assinado contra a atribuição de concessão para prospecção e pesquisa de areias e caulino (argila) naquelas localidades.
Até hoje, já tinham sido recolhidas cerca de 3500 assinaturas.