Sociedade

Técnico de Pombal chefia equipa no maior centro europeu cardiovascular

5 mar 2021 20:00

Bruno Claro lidera perfusionistas no St. Bartholomew's Hospital, o mais antigo de Inglaterra.

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Bruno Claro participou já em três acções humanitárias na Faixa de Gaza, em Moçambique e na Índia
DR
Maria Anabela Silva

A explicação repete-se vezes sem conta. Um perfusionista é responsável por operar as máquinas que oxigenam os pulmões e o coração quando estes deixam de funcionar. É isto que faz Bruno Claro desde que se formou em Cardiopneumologia.

Começou no prestigiado Serviço de Cirurgia Cadiotorácica dos Hospitais da Universidade de Coimbra, então liderado por Manuel Antunes, e há dez anos rumou a Londres, onde hoje chefia uma equipa de 24 perfusionistas no St. Bartholomew's Hospital, o “maior” centro cardiovascular da Europa e o hospital mais antigo de Inglaterra. Tem também participado como voluntário em algumas missões humanitárias.

Natural de Pombal, Bruno Claro, 39 anos, conta que “sempre quis ter uma experiência no estrangeiro”, uma vontade que ganhou força com a crise que o País atravessou nos primeiros anos da última década. Apesar do muito que aprendeu no serviço do professor Manuel Antunes, onde “a exigência” lhe permitiu ganhar “muita estaleca”, a congelação de carreiras não lhe dava grandes perspectivas de futuro e de progressão profissional. Mandou currículos para “todas” as sociedades de perfusão europeias e recebeu respostas da Suíça, Noruega e Inglaterra.

Seguindo o conselho que lhe deram do outro lado do Canal da Mancha, foi visitar o serviço do Kings College Hospital, em Londres, “ainda sem saber se estava pronto” para dar o salto. “Depois de umas conversas pelos corredores do hospital, o meu futuro chefe apercebeu-se da minha experiência e da mais-valia que podia representar para o serviço e disse-me que estava contratado. De repente, já estava com um pé em Londres e o salto foi mais fácil”, recorda.

No início de 2011, Bruno Claro começava, então, a trabalhar no Kings College como perfucionista. “Não imagina a quantidade de vezes que tenho que explicar o que faço. Basicamente trabalho com máquinas de suporte extra-corporal”, começa por esclarecer.

E continua: “Imagine-se uma cirurgia ao coração. Como é que o cirurgião consegue abrir o coração com este a bater? É aqui que entra o perfusionista. Toda a circulação de sangue do paciente, em vez de ir para o coração, é desviada para uma máquina de circulação extra-corporal”.

 
Destaque

Natural de Pombal, Bruno Claro, de
39 anos, licenciou-se em
Cardiopneumologia. Começou a
carreira nos Hospitais da
Universidade de Coimbra,
integrado na equipa de Manuel
Antunes, o prestigiado cirurgião
cardiotorácico, natural de Leiria e
já reformado. Em 2011, mudou-se
para Inglaterra. 

 

O perfusionista opera essa maquina, “oxigenando e bombeando todo o sangue

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