Economia
Turismo religioso pode abrir portas a novos mercados
A convicção é da Secretária de Estado do Turismo, que esta manhã participou em Fátima no Workshop Internacional de Turismo Religioso
A secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, considera que o turismo religioso pode abrir portas a novos mercados para Portugal e conseguir pessoas com uma maior capacidade financeira.
"Há uma grande curiosidade nomeadamente sobre este património religioso e é uma forma de diversificar a nossa oferta - grande parte desta oferta até se concentra no interior do país - e de levar as pessoas a todo o país e também alargar a nossa actividade turística a todo o ano", salientou Ana Mendes Godinho, à margem do VI Internacional de Turismo Religioso, que se realiza até sábado em Fátima e na Guarda.
"Estamos a conseguir atingir mercados que não vinham para Fátima tradicionalmente e que são aqueles que também deixam muito valor. É sintomático que o ritmo de crescimento das receitas em Portugal em 2017 duplicou o ritmo de crescimento do número de hóspedes. Quer dizer que estamos a conseguir atingir mercados que gastam muito mais quando vêm a Portugal", precisou Ana Mendes Godinho.
O mercado sul-coreano, americano, chinês e polaco são, segundo a secretária de Estado, mercados que estão a "descobrir Fátima".
"Este ‘workshop’ profissional tem sido fundamental para pôr os agentes de viagens a fazerem negócio e a trazer agentes de viagens que não tinham na sua programação tradicional provavelmente Fátima ou Portugal. Está a transformar-se num palco, diria eu com ambição, para ser o principal ‘workshop’ profissional de turismo religioso do mundo", destacou.
Segundo Ana Mendes Godinho, tem sido desenvolvido "um trabalho de estruturação de produto de turismo religioso em Portugal, não só Fátima", como "os caminhos de Fátima, o caminho português de Santiago e também o turismo judaico".
"Na semana passada estive nos Estados Unidos com a comunidade judaica portuguesa a fazer promoção da herança judaica em Portugal e cada vez mais sentimos que é um factor complementar que leva as pessoas a quererem descobrir Portugal", informou.
Para garantir uma promoção estruturada e aproveitar os bons resultados, Ana Mendes Godinho adiantou que o Turismo de Portugal tem uma parceria com a Associação Empresarial Ourém-Fátima para "dinamizar o turismo religioso, não só Fátima, mas também o turismo judaico".
Está previsto um programa de acção para 2018, em que o "Turismo de Portugal assume 150 mil euros para presença em feiras internacionais, mas também deslocações e missões especiais em mercados onde o turismo religioso consegue atingir, para conseguir promover cada vez mais Portugal".
"O turismo religioso ajuda-nos muito a chegar a mercados onde tradicionalmente Portugal não estava presente. Exemplo: a Coreia do Sul, com um aumento expressivo em 2017 neste mercado para Portugal, mas também as Filipinas ou os Estados Unidos, com uma grande procura para Portugal, relacionado em 2017 com o Centenário de Fátima", acrescentou.
Itália, Rússia, Ucrânia, Brasil, Canadá e Polónia e Israel são outros mercados que estão a ser trabalhados para o turismo religioso de Fátima e herança judaica.
A governante sublinhou que no ano passado houve capacidade para "alargar o turismo ao longo de todo o ano", verificando-se "mais de 60% do crescimento das dormidas na época baixa e muito também graças ao calendário de eventos que aconteceu em todo o país e Fátima foi disso exemplo".
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