Opinião
Acreditar no PSD para Portugal
Portugal precisa de ter uma alternativa de Governo
No próximo dia 28 de Maio vão ter lugar as eleições directas no PSD, depois de Rui Rio ter dito que não via como poderia ser útil ao Partido, decorrente dos resultados das eleições legislativas de Janeiro, donde saiu um Governo do PS, com maioria absoluta.
É, pois, um tempo extraordinário, já que as últimas eleições tinham ocorrido em final de Novembro, com a consagração do líder eleito a 19 de Dezembro, para um mandato de dois anos, que veio agora a ser interrompido.
Entendo que não é necessário perder muito tempo sobre o passado, pois parecem-me estar bem identificadas as causas dos resultados do PSD, valendo a pena perceber apenas o que se torna necessário fazer diferente e bem melhor.
Como já escrevi em artigos anteriores, Portugal precisa de ter uma alternativa de Governo!
E no actual momento de maioria absoluta do PS, é muito importante ter uma oposição atenta, crítica, de forma construtiva, mas também implacável, que possa promover uma acção competente de fiscalização do Governo, apresentando, quando se verifique necessário, caminhos alternativos, para que os portugueses identifiquem essa alternativa que tanta falta faz ao País.
Não vale a pena esgrimir grandes argumentos, pois a democracia funcionou e os eleitores, de forma inequívoca, expressaram a sua vontade na continuidade duma governação socialista que cada vez mais nos vai atirando para a cauda da Europa, tendo ainda recentemente sido ultrapassados pela Hungria e Polónia e perspectivando-se que a Roménia se siga na lista durante o corrente ano de 2022.
Ainda agora, nesta situação dos combustíveis, temos visto a inércia numa situação que afecta o orçamento de todas as famílias portuguesas, com os preços por litro a atingirem valores inaceitáveis, mas, diga-se, com muita conversa mas pouca acção de contestação a esta situação crítica, que ainda não sabemos quando vai parar.
Perante este cenário, o PSD precisa dum líder que se afirme dentro do Partido, para posteriormente poder disputar o lugar de primeiro-ministro.
Alguém que possa irrigar novamente os canais internos do partido, com a proximidade tão característica do PSD, e encetar uma mudança que traga modernidade e actualidade, que pense e actue sobre os problemas de hoje e que verdadeiramente afectam a vida das pessoas e das empresas, mas que não pode deixar de olhar para o futuro com inovação e competência.
É por isso muito importante que haja mais do que uma candidatura, sendo que ao dia em que escrevo, apesar de ainda não estar confirmada, será quase certa a candidatura de Jorge Moreira da Silva, juntando-se à já apresentada de Luís Montenegro.
Dois excelentes quadros do partido, sendo muito importante que a campanha interna decorra com elevação e que, tendo que falar para dentro do partido, por se tratar duma eleição interna, não deixe de merecer toda atenção dos portugueses pela possibilidade de discutir e apresentar um conjunto de soluções para muitos dos problemas que subsistem em Portugal.
E percepcionando as dificuldades apresentadas por muitos opinadores, que até já antevêem a fraca possibilidade do próximo líder se aguentar até às próximas legislativas, eu sou daqueles que acreditam que o tempo que se apresenta é de um grande desafio, mas também de uma importante oportunidade, devendo os militantes assumir a sua responsabilidade de não deixar de ir votar no dia 28 de Maio.
Eu, enquanto militante social-democrata, acredito que este é o momento de Luís Montenegro!