Opinião
Amores de Verão
E também a mudança de objectivos, agora mais centrados no desenvolvimento dos interesses sociais e do grupo, que marcam a vida adulta.
Final de tarde. O sol ainda queima e na praia um grupo de adolescentes de fatos de banho coloridos e corpos bronzeados riem e tiram selfies entre si. Está uma tarde cálida de Agosto e o mar sereno.
Penso nos primeiros amores juvenis, os amores de Verão. Penso também na importância fundamental dos jovens se sentirem à vontade com a sua “nova” imagem do corpo e procurarem nele as qualidades estéticas de atracção do outro. Porque o modo como nos apreciamos traduz-se no modo como nos sentimos apreciados desde tenra idade. E isso conta, conta muito.
Penso também em como as férias grandes e o calor do Verão parecem dar alento a algumas das tarefas desenvolvimentais que a própria adolescência traz consigo.
Entre elas, duas de especial importância: a mudança de objecto de amor, infantil e dependente da protecção dos pais rumo ao amor juvenil e à autonomia e independência, com a descoberta de um novo corpo e o emergir da sexualidade.
E também a mudança de objectivos, agora mais centrados no desenvolvimento dos interesses sociais e do grupo, que marcam a vida adulta.
Sabemos que a imagem do corpo agora sexual é uma dimensão nova e única que se constrói na adolescência, à media que a puberdade se instala e traz consigo os caracteres sexuais secundários, apagando progressivamente a imagem do corpo infantil.
E que nem sempre é fácil para o próprio a
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