Opinião
Carnaval com sol
Um Carnaval sem chuva remete-nos para um mundo distante
O dramático carnaval ucraniano não ajuda nada à festa, mas, ainda assim, a folia portuguesa não pode parar, e são inúmeros os acontecimentos que nos fazem poder gozar um bom Entrudo.
Foram três dias animados, divertidos, e, em particular, secos.
Para os especialistas em Carnaval, como todos somos nesta hilariante região, uma das maiores piadas de 2022 é sem dúvida a inexistência de água.
Um Carnaval sem chuva remete-nos para um mundo distante, próximo do que seria o Pedrógão sem nevoeiro em Agosto, uma Senhora do Monte sem mata queimada, uma Chainça sem torres eólicas, ou uma - arrepiante - Boavista sem leitão!
O vasto corpo de cientistas que mais recentemente abunda na cidade de Leiria – e, na verdade, em todas as partes – vê-se agora obrigado a constatar o que pensavam já irrealizável: a inteligência política do presidente Putin, o fim da pandemia e o franco galopar do aquecimento global.
O nicho de cépticos que resistem ainda às lições climatéricas deste Carnaval tem contudo alguns meses antes de, muito possivelmente, enterrar por fim a viola no saco: assistir a uma Feira de Maio sem chuva!
É esta a derradeira prova/milagre de que as coisas de facto mudam.
Nota disso mesmo pode também retirar-se das recentes declarações de um eleito local que garantiu à imprensa que a Bajouca seria o melhor destino residencial de Leiria.
Ainda outra nota sobre a importante petição pública que exige a reconversão do estádio Magalhães Pessoa em sambódromo.
Não pasmem com a sobranceira ousadia destas declarações, é Carnaval e ninguém leva a mal!