Opinião
Do desequilíbrio geopolítico ao mundinho português
Em semana do Brexit, que teoricamente terá lugar dia 12 de abril, a administração Trump toma duas decisões que podem piorar, ainda mais, a já complexa situação no Médio Oriente.
Primeiro anunciou a decisão de reconhecer a soberania de Israel sobre a região das Colinas de Golã, ocupada ilegalmente desde 1967. Tal decisão, além de perigosa e ilegal, tem sido rejeitada até por aliados próximos dos Estados Unidos.
Para muitos observadores, a declaração de Trump não foi mais que uma forma de manter no poder o seu aliado Benjamin Netanyahu, primeiro ministro de Israel que dia 12 luta por ser reeleito.
Outra decisão que poderá ter consequências ainda mais graves foi de incluir o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC) na lista de organizações terroristas. Esta decisão permitirá à administração Trump, legalmente, iniciar uma guerra contra o Irão sem a prévia consulta de outros órgãos de soberania.
Tanto a maioria democrata na Câmara dos Deputados como a maioria dos altos funcionários do Departamento de Defesa, e mesmo do Pentágono, são contra uma ação militar no Irão.
Enquanto o mundo caminha numa direção não muito diferente do que levou à Segunda Guerra Mundial, em Portugal o único tema de discussão são as nomeações de familiares pelo Governo de António Costa.
Até Cavaco Silva, com as suas habituais faltas de memória, diria mesmo de vergonha, vai comentar o caso … só se esqueceu que no seu segundo governo teve três mulheres e duas irmãs de governantes a trabalhar em gabinetes ministeriais ou em cargos de nomeação política,
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