Opinião
E assim vão as coisas (II)
Este sucesso era impensável por muita gente há três anos atrás, mesmo por muitos que estiveram envolvidos nesta “descoberta da pólvora”.
Retomo de novo o Orçamento do Estado (OE), agora aprovado na especialidade, depois das quase 1000 propostas de alteração que acabaram por não fazer grande mossa no documento inicial.
Não é, por isso, exagerado dizer que temos o governo da “Geringonça” a caminho de cumprir os seus quatro anos de legislatura. Este sucesso era impensável por muita gente há três anos atrás, mesmo por muitos que estiveram envolvidos nesta “descoberta da pólvora”.
Tudo isto foi resultado da grande capacidade política e negocial de A. Costa e de uma esquerda que, afinal, é inteligente, embora nem sempre. E, pasme-se, algumas vezes pragmática q.b..
Sempre que vejo Jerónimo de Sousa à frente das suas “tropas” nos comícios que realiza pelo país fora e observa os rostos tristes dos “comicieiros”, o Secretário Geral do PCP atira: “Bom, não era bem isto que a gente queria… mas a alternativa não era melhor, pois não?”
A “velha raposa” afinal tem mostrado ser um grande líder e um bom apoio da geringonça com a sua expressão, rara num político, de que “palavra dada é palavra honrada”.
Só tenho pena que ele não tenha tido mão nos exageros das estruturas sindicais que reivindicam, a torto e a direito, como se este governo pudesse ser responsabilizado por toda a perda de rendimentos dos governos de Sócrates e Passos Coelho.
De uma coisa estou certo: se se concretizassem todas as “restituições” do tipo, por exemplo, dos professores, o país voltaria inevitavelmente à “cepa torta”.
O passaporte para este estado de coisas foi, sem dúvida, a difícil ginástica da aprovação final do OE2019, sobretudo ao transpor a maior parte dos obstáculos das quase 1000 propostas de alteração em que o bom
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