Opinião
Em 2023 temos de ser exigentes
O actual Governo de António Costa, mesmo com maioria absoluta, não consegue funcionar. Não há semana sem escândalos
O ano que agora se inicia tem tudo para ser muito difícil para todos os europeus e em especial para os portugueses. A União Europeia é liderada por incompetentes com suspeitas de práticas corruptas alarmantes.
A presidente da Comissão, Ursula Von Der Leyen, mostrou por variadas vezes ser incompetente. Passou por diferentes ministérios nos governos da Alemanha e em todos deixou um legado de negativo e suspeitas de práticas pouco claras.
Em Portugal a realidade não é melhor. Temos um ex-primeiro-ministro, José Sócrates, acusado de dezenas de crimes de corrupção e vários ex-ministros dos governos de Cavaco Silva com acusações de corrupção e até homicídio como Duarte Lima.
A oposição também não se encontra melhor. À esquerda há um desnorte total. Bloco de Esquerda luta por sobreviver e o Partido Comunista está a caminhar para o seu fim sem capacidade de se reinventar.
À direita o PSD não tem líder, Montenegro não entusiasma os próprios militantes e o único partido que cresce é o Chega que não existe sem o seu líder, excomentador desportivo de um canal populista e pouco credível.
O actual Governo de António Costa, mesmo com maioria absoluta, não consegue funcionar. Não há semana sem escândalos. Ainda na passada semana o escândalo da indemnização à exsecretária de Estado Alexandra Reis mostrou que temos um Governo sem credibilidade e pouco capaz.
Já poucos portugueses acreditam que o Governo cumpra o seu mandato… Cabe aos cidadãos ser mais exigentes. Não aceitar como normais estes casos. Não aceitar que um fraco presidente de câmara seja ministro das Finanças, que as câmaras municipais gastem milhões de euros em “fogos de artifício” e “iluminações de Natal” quando atravessamos uma das maiores crises económicas e sociais do presente século.
Não se pode aceitar que a única resposta sobre a demissão de Alexandra Reis seja - “o caso Alexandra Reis não está esclarecido”. Não está senhor primeiro-ministro! Nomear o “boy do partido” João Galamba para ministro das Infraestruturas só demonstra a total indiferença para com o mérito.
António Costa prefere “boys” a pessoas capazes e no longo prazo quem paga somos todos nós.