Opinião

Gonçalo Lopes – dois anos para mostrar o caminho

2 ago 2019 00:00

Gonçalo Lopes não precisa de regressar à Idade Média para saber que o principal caminho de liderança que esta cidade deve assumir .

Segundo consta, o vereador Gonçalo Lopes será o próximo presidente da Câmara Municipal de Leiria (CML) nos dois anos que se seguem.

Do ponto de vista económico-financeiro, a CML é saudável. Só de IMI, arrecada quase 19 milhões de euros por ano. Portanto, Gonçalo Lopes não terá grandes desafios do ponto de vista da estrutura interna da Câmara (pode é fazer melhorias na sua estrutura organizacional, isso pode e deve).

Os seus maiores desafios serão dois: o primeiro é conquistar um alargamento de bases de apoio no seu próprio partido, o PS. O segundo desafio é, de facto, nos próximos dois anos, mostrar o caminho que Leiria deve seguir, enquanto cidade e município.

Há um artigo científico de 1993, do professor Saul António Gomes, cujo título é: “A Organização do Espaço Urbano numa Cidade Estremenha: Leiria Medieval.”

Nesse texto, o autor é claro quanto à morfologia de Leiria. Já na época medieval, Leiria revelava um “dinamismo económico-social de vulto” e um “núcleo propício à fixação de mão-de-obra inovadora e ao investimento.”

Ou seja, não é preciso haver todos os anos festas medievais na cidade para sabermos que, desde a Idade Média, Leiria já tem o seu código genético definido que é: economia, atractividade de factores produtivos e inovação.

Na semana passada, o primeiro-ministro não foi visitar a Tecnifreza para anunciar 567 milhões de incentivos à inovação? Nos últimos dois anos e meio não tem havido um incremento do Investimento Directo Estrangeiro (IDE) na região?

Várias câmaras municipais não estão a alargar as suas zonas industriais? Portanto, Gonçalo Lopes não precisa de regressar à Idade Média para saber que o principal caminho de liderança que esta cidade deve assumir assenta em três pilares:

1) qualificação dos factores regionais avançados e potenciadores de competitividade;

2) um território atractivo de IDE; e

3) inovação enquanto cidade criativa. Mas este n

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