Opinião

Política à portuguesa

16 mar 2017 00:00

O ambiente político em Portugal tem vindo a degradar-se, colocando a opinião sobre os partidos e a política em níveis preocupantes, quanto à sua avaliação.

Exercendo funções políticas há vários anos, essencialmente de âmbito local ou regional, sou daqueles que acreditam na política como mais uma forma de intervenção cívica e de responsabilidade, numa lógica de participação activa e não de dizer mal de tudo e todos, um desporto hoje muito em voga em Portugal, para o qual nunca estive, nem estarei, disponível. 

Importa, pois, encontrar formas de participação que consigam atrair o maior número de cidadãos, sendo que a esse nível entendo que os principais partidos em Portugal deveriam promover uma profunda reflexão, no sentido de as dinâmicas das suas estruturas acompanharem a evolução e a transformação da sociedade.

Fala-vos quem ainda no último Congresso do PSD apresentou uma moção, onde precisamente uma das propostas apresentadas pela Distrital de Leiria tinha a ver com a necessidade de maior abertura e participação à sociedade civil.

Isto vem a propósito das cenas dos últimos tempos, onde temos assistido com estupefação a comportamentos e abordagens que em nada dignificam o exercício da politica, provocando um cada vez maior distanciamento.

Desde ter-se percebido, julgo que não haverá dúvidas para ninguém, que o Governo negociou condições especiais para a Administração da Caixa Geral de Depósitos, com uma exposição, dizem alguns inabilidade, do Ministro das Finanças, afirmando que não, quando ninguém imagina que António Domingues seja um caloiro nestas andanças, com tudo a descambar numa telenovela de mensagens escritas, com cenas do próximo capítulo, ou seja, nova comissão parlamentar de inquérito! Havia necessidade?

Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo.