Opinião
Pragmatismo na procura por oportunidades nos mercados externos
Ir atrás de modas pode ser o golpe fatal.
Face ao abrandamento no mercado interno, que se prevê continue para além de 2018, muitas empresas continuarão a procurar os mercados externos. Umas fá-lo-ão em intenção e disso não passarão. Outras, exportarão. E algumas deslocalizarão as suas produções.
Embora existam oportunidades em alguns mercados externos, onde destaco Angola e Moçambique pela proximidade cultural, há que ser pragmático. Ir atrás de modas pode ser o golpe fatal.
Há oportunidades de dois tipos. Uma é pelo lado da produção - produzir no estrangeiro, no que designamos por deslocalização da produção.
O objectivo usual é conseguir reduções de custos, não apenas do trabalho mas de outros inputs básicos. Menores custos poderão ser um dos pilares da capacidade de competir ou, no limite, de sobreviver. Outra oportunidade é pelo lado do mercado.
A internacionalização para alargar o mercado servido é racional se as características desse mercado forem idênticas. Incluo aqui factores como as preferências da população, os rendimentos, os hábitos e os padrões de consumo.
Caso não o sejam, será preciso adaptar o produto, o que é muitas vezes difícil, caro e ao
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