Opinião
Teorias rurais
O Tempo das Cerejas, um dos mais famosos hinos da comuna de Paris (final do século XIX, para os mais desatentos), foi recriado no passado fim de semana na bonita aldeia de Pêro Viseu, na Cova da Beira-sul.
Para a temporada 2017, a cereja surpreendeu bastantes adeptos deste fruto com uma chegada apressada, duas semanas antes do que geralmente acontece neste território abençoado.
Não apresentando ainda os indicadores de suprema doçura reconhecidos no período mais quente, esta cereja denota, desde já, um grande equilibro na boca, com uma ampla e gostosa polpa que quase apaga o caroço.
Os deuses parecem assim ter dado o seu aval à surpreendente cerimónia que me aguardava na aldeia.
Um conterrâneo, junto de quem tentei aprender a ler e a escrever, numa escola da Av. Marquês de Pombal, havia decidido casar-se precisamente nesta aldeia!
Esta ilustre figura do panorama pedagógico e fotográfico da cidade de Leiria - que vivamente saúdo! -, acolheu-me com um gostoso banquete.
Sendo esta a primeira refeição que me ofereceram nos últimos tempos, passo a elogiar todos os elementos que a compuseram.
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*Investigador
*Texto escrito de acordo com a nova ortografia
