Opinião
Teorias rurais
Sabemos também da avalanche laranja que envolve o perímetro urbano da capital de distrito. E, assim sendo, sobram apenas três candidatos a ter em consideração: Ventura, Marcelo e Vitorino Silva.
Apesar do ruído, não subsiste qualquer indecisão sobre em qual dos sete candidatos presidenciais votar no final do mês.
Não sendo necessária grande reflexão sobre o assunto, permito-me discorrer sobre o perfil do eleitorado local antecipando o inevitável vencedor.
Sabemos que o comportamento dos eleitores da região se pauta por um afastamento convicto de questões ideológicas, de debates estruturados sobre a melhor administração local, ou políticas públicas.
Sabemos também da avalanche laranja que envolve o perímetro urbano da capital de distrito.
E, assim sendo, sobram apenas três candidatos a ter em consideração: Ventura, Marcelo e Vitorino Silva.
Visto que Marcelo será castigado enquanto candidato putativo do governo cor-de-rosa, restam-nos André Ventura e Vitorino Silva.
Sendo a coerência, o respeito, a honradez e a coluna vertebral, sem sombra de dúvida, as marcas identitárias da região, a qual dos dois candidatos compraria o seu carro?
Em qual dos dois votaria para a administração do seu condomínio?
A quem emprestava a caneta com a certeza que esta lhe seria devolvida?
Se as Cortes e Boliqueime já geraram presidentes da República, não será agora a altura de promover Rans?
É assim fácil de constatar que em Leiria poucos terão hipóteses face a um verdadeiro super-Vitorino.
Um homem muito trabalhador, com os dedos marcados pelo braçal e honrado esforço dos calceteiros.
E que uma vez mais decide sacrificar-se dando voz ao povo agrícola, possuidor de porco e de um rego de couves.
Vitorino prometeu já criar caminhos com pedras de todas as cores, ao invés de muros de que não precisamos para voltar a crescer.
Será seguramente ele a manter Leiria imune ao populismo de candidatos ligados ao movimento Paco Bandeirista e quejandas aldrabices.
Ou, como se diz na Golegã, o culpado é o cavalo!