Sociedade
"Abraçar à Distância" mata a fome e quebra isolamento em Alcobaça
Projecto da União de Freguesias apoia mais de 600 pessoas
A chegada dos voluntários a casa de Anabela Valente é sempre um momento muito ansiado pela septuagenária. Além do cabaz de alimentos, trazem-lhe companhia e palavras de conforto, essenciais para quem passa longos dias sem sair à rua.
Anabela Valente pertence ao grupo de mais de 600 pessoas, em situação de isolamento, que a União de Freguesias de Alcobaça e Vestiaria tem apoiado através do Abraçar à Distância, projecto que arrancou há um ano com a chegada da Covid-19.
Anabela tem 75 anos, vive sozinha e tem várias complicações de saúde, que a impedem de sair de casa num contexto de pandemia. Mas não são apenas a diabetes, a pressão alta, as artrites e as artroses que a limitam. Com uma reforma magra e o filho desempregado, é pouca a margem de manobra para fazer face às despesas, explica.
Do cabaz mensal, que traz maioritariamente bens alimentares, mas também alguns produtos de higiene, Anabela ainda reparte uma porção com o filho. “Tem sido um ano muito difícil”, desabafa a idosa, que lamenta chegar à velhice nesta situação de grande carência.
Para os voluntários, Vítor Santos e Sandra Matos, conhecer realidades como esta “foi um choque”. Trabalham ambos numa empresa de porcelana em Alcobaça, ele no departamento de logística e ela na área da contabilidade, e estão em situação de lay-off desde o início da pandemia.
Estão a apoiar a União de Freguesias integrados no programa Marees, que reforça tempo
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