Desporto

Academia internacional de André Lopes atrai jovens tenistas para viver em Leiria

9 out 2021 10:50

À procura de um lugar ao sol, adolescentes estrangeiros começam a chegar à cidade para treinar a tempo inteiro com o treinador. Fomos conhecer Anna Sutherland

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André Lopes observa trabalho de Anna Sutherland
Ricardo Graça

O transporte, dia sim, dia também, chega às oito e meia em ponto à porta do Casulo, onde Anna Sutherland está instalada.

Ela entra no veículo, que segue viagem para o Racket Sports Club de Leiria (RSCL), no Azabucho, Pousos. Aquele pedaço de paraíso forrado a campos de ténis é o local de trabalho diário para rapariga e de lá apenas sairá ao final da tarde, para descansar e ter aulas online.

Poder oferecer este tipo de serviços em Leiria é um sonho antigo de André Lopes.

Aquele que foi a maior promessa do ténis da cidade, medalha de prata no Festival Olímpico da Juventude Europeia, esteve nos últimos anos no Qatar como treinador de ténis e há coisa de um ano, quando regressou ao País, decidiu avançar com um projecto que fizesse de Leiria um destino para atletas de competição.

A academia internacional nasceu, por lá já passaram tenistas estrangeiros em estágio, até que há coisa de seis meses a miúda com ascendência na Escócia e em Taiwan decidiu assentar arraiais e beneficiar dos serviços oferecidos pela estrutura. Tornou-se, assim, na primeira atleta a tempo inteiro.

Anna Sutherland treina a esquerda (Foto: Ricardo Graça)

“Já conheço o André e a esposa Ekaterina há algum tempo. Conhecemo-nos no Qatar quando tinha 11 anos. Precisava de um novo lugar para treinar, pois o meu ambiente de treino não era saudável. Vimos que estavam a abrir a academia em Leiria, entrámos em contacto e ficaram felizes por me receber”, conta Anna Sutherland.

A tenista de 17 anos está em Leiria sozinha. “Moro longe da minha família desde os 12 anos, por isso estou acostumada. Ensinou-me a ser independente e a amadurecer. Os meus pais confiam muito em mim e é por isso que me deixam vir. Lembram-me sempre que me amam, me apoiam e que posso ir para casa sempre que precisar”, explica a tenista. Admite, porém, que a pandemia tornou “mais difícil” poder estar com entes queridos e às vezes sente-se “solitária”.

“Mas esta é a vida que escolhi e, tenho certeza, será solitária muitas mais vezes.”

Vida de profissional

“Tentamos que a academia internacional ofereça produtos diferentes”, atira André Lopes, treinador de Rui Machado quando, em 2011, este chegou a número 59 do ranking ATP. Para tal, criou um pacote onde constam os treinos de ténis e físico, acesso a fisioterapeuta e nutricionista, e também tem a opção de incluir alojamento e alimentação. “Um pai, que está longe, fica mais descansado e não tem de se preocupar com nada”, enfatiza o responsável pelo RSCL.

Júnio Ribeiro é outro tenista que escolheu treinar pelos métodos de André Lopes (Foto: Ricardo Graça)

Anna treina ténis das nove às onze, depois físico até ao meio-dia. Almoça, descansa e arranca novamente para novo período de treino das duas às quatro e físico das quatro às cinco. Chega ao Casulo, onde tem “o seu grau de independência”, e “às seis está a meter-se online pa

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