Sociedade

Acesso “desregrado” à Fórnea preocupa ICNF

12 jul 2018 00:00

Organismo que tutela o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros pede medidas para controlar situação.

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Maria Anabela Silva

O acesso “desregrado” e “vândalo” de viaturas à Fórnea, anfiteatro natural que é uma das principais atracções turísticas de Porto de Mós, está a preocupar o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que defende a tomada de medidas para controlar a situação.

O alerta foi deixado por Maria de Jesus Fernandes, directora do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas de Lisboa e Vale do Tejo, na sessão de apresentação do concerto Sons da Fórnea, a realizar no próximo dia 22.

“A visitação ordenada é boa para os visitantes e para os espaços. Ninguém consegue preservar se não conhecer. A Fórnea é um anfiteatro natural de excelência. O problema não está neste tipo de eventos, mas nas visitas desregradas como aconteceu este Inverno de cada vez que a água correu em cascata”, afirmou a responsável do ICNF.

Maria de Jesus Fernandes defende que é necessário encontrar soluções para “impedir o acesso” aos terrenos de viaturas, com “regulamentação” e a colocação de barreiras. A responsável acredita ainda que a concretização de projectos que dêem “maior realce” à beleza do espaço e “encanto à experiência da visita” possa ajudar a combater o acesso “mais vândalo” ao local.

Em complemento da intervenção da representante do ICNF, o presidente da Câmara de Porto de Mós, Jorge Vala, recordou que o município está a trabalhar em dois projectos que visam melhorar as condições de visitação do espaço, precisamente com o objectivo de proteger a paisagem.

Tal como já foi anunciado pelo executivo, em causa está a criação de uma zona de contemplação em Chão das Pias (zona superior da Fórnea) e de um passadiço do lado de Alvados e Alcaria, “mais para preservação” do espaço.