Viver
ACR Comeira. Cem vezes Poesia ao Serão na colectividade onde a cultura é amor e o teatro encontra um abrigo
Na Marinha Grande, os encontros de poesia já deram origem a duas colectâneas e a companhia de teatro residente todos os meses estreia uma nova produção, além de manter turmas para crianças e adultos
Texto originalmente publicado na edição em papel número 2072 do JORNAL DE LEIRIA, de 28 de Março de 2024
Está na biblioteca inaugurada pela direcção a que preside quando diz “li poucos livros na minha vida, mas continuo a achar que a leitura é muito importante” – e, naquele espaço de ideias e emoções consagradas em texto, entusiasma-se a descrever a escrita “tão forte, tão frontal” de Miguel Torga e, sobretudo, a intemporalidade do poema “Urgentemente”, de Eugénio de Andrade. “Sempre actual. Senti necessidade de o ler durante a pandemia e depois começou a guerra e tive de o ler outra vez. É urgente o amor”. Carlos Franco, que lidera a Associação Cultural e Recreativa da Comeira, antigo jogador da equipa amadora de futebol sénior, entretanto desactivada, é um dos responsáveis pelo improvável número alcançado no sábado, 23 de Março: 100 sessões de Poesia ao Serão, com noites dedicadas a mais de 70 poetas portugueses, de Sophia de Mello Breyner a José Régio, entre muitos outros. De 15 em 15 dias, sempre à quarta-feira, excepto em momentos especiais – e uma centena de convívios à volta da poesia, ao longo de cinco anos e meio, parece, certamente, um momento especial.
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