Viver

Actores do Teatro Apollo desceram à plateia para criar novo palco

12 nov 2020 12:00

Em Ourém, do velho se fez um novo teatro

Actores desceram do palco para montarem um novo piso, tábua a tábua
Actores desceram do palco para montarem um novo piso, tábua a tábua
Teatro Apollo
Actores desceram do palco para montarem um novo piso, tábua a tábua
Actores desceram do palco para montarem um novo piso, tábua a tábua
Teatro Apollo
Actores desceram do palco para montarem um novo piso, tábua a tábua
Actores desceram do palco para montarem um novo piso, tábua a tábua
Teatro Apollo
Actores desceram do palco para montarem um novo piso, tábua a tábua
Actores desceram do palco para montarem um novo piso, tábua a tábua
Teatro Apollo
Jacinto Silva Duro

Mesmo encostadinh à cidade de Ourém, na aldeia de Pêras Ruivas, há um grupo de teatro que resiste ainda e sempre, preserverando nas artes cénicas e apostando em ser um farol da cultura e da criatividade.

Por estes dias, a cada cinco dias, os elementos do Grupo de Teatro Apollo juntam-se, mantendo uma distância física saudável, e martelam, serram, aplainam e rebocam, de manhã até à noite.

Estão a renovar a velhinha sala do Centro Cultural e Recreativo de Pêras Ruivas.

Com pouco dinheiro, mas muito engenho e talento e algumas ajudas externas estão a levar a sua nave a bom porto.

Transfiguraram um espaço frio e pouco confortável de patinho feio em elegante cisne.

Os trabalhos começaram com a chegada do fim da temporada de 2019 e, não fosse a pandemia, que obrigou a uma suspensão, já estariam praticamente concluídos.

Em 2018, o grupo havia renovado os camarins e a lógica ditava que se tratasse do palco. Em pouco tempo, porém, os planos mudaram e apostaram em fazer mais.

"Houve ali uma oportunidade e avançámos para a requalificação", conta a directora artística do colectivo, Dora Conde. Ao fim de três décadas de utilização, todo o espaço precisava de carinho e cuidados. Com alguns trocos como orçamento, mas muita gana, todos ajudaram naquilo que puderam. Aos finsde- semana, trocaram os teclados dos computadores pelo pincel, escopo e talocha.

Uns foram pedreiros, outros serventes, uns foram electricistas, outros carpinteiros. Pintaram paredes, passaram fios e assentaram tijolos. O dia inteiro ou só umas horas, todos deram o que puderam para o esforço colectivo e o resultado está a vista.

2021
Pisar o palco novo
Com as condicionantes actuais, a directora artística reconhece uma dificuldade em conseguir traçar projectos com um horizonte futuro longínquo, pelo que os planos vão sendo traçados semana a semana. Para 2021, explica Dora Conde, o plano é concluir as obras, para depois se poderem concentrar completamente na produção de novos espectáculos.
 
"Acredito que, com a requalificação concluída, Pêras Ruivas se tornará num pólo dinamizador da cultura, através da apresentação de artes performativas, de música, dança, teatro, que envolvam a comunidade e que potencialize o papel de agente cultural na freguesia de Seiça e na cidade e concelho de Ourém. Estamos desejosos de pisar o nosso palco novo!"
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