Sociedade
Adelino Mendes demite-se do cargo de chefe de gabinete do MAI
Secretário de Estado da Protecção Civil aceitou exoneração do chefe de gabinete.
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Na sequência da constituição como arguido em processo relativo à sua actividade profissional anterior ao exercício de funções no gabinete do secretário de Estado da Proteção Civil, Adelino Mendes pediu a exoneração das funções de chefe do gabinete.
O pedido foi aceite pelo secretário de Estado da Protecção Civil, refere uma nota divulgada pelo Ministério da Administração Interna.
Segundo a agência Lusa, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) revelou que foram constituídos 19 arguidos (oito pessoas singulares e 11 pessoas coletivas), no âmbito de um inquérito que investiga a prática de crimes de fraude na obtenção de subsídio, fraude fiscal qualificada, branqueamento e falsificação de documento.
O DCIAP adianta que foram emitidos 26 mandados de busca, encontrando-se em curso diligências em vários locais do país.
“Nesta operação participam três magistradas do Ministério Público, duas peritas, inspectoras superiores da Agência para o Desenvolvimento e Coesão, e uma equipa mista da Polícia Judiciária e da Autoridade Tributária - Direcção de Serviços de Investigação da Fraude e Acções Especiais”, acrescenta.
O DCIAP explica que, “no âmbito do mesmo inquérito, em datas anteriores, haviam já sido realizadas 54 buscas (algumas fora de território nacional) e sido constituídos 52 arguidos (pessoas singulares e colectivas) pelo que, no total, o inquérito tem, neste momento, 73 arguidos”.
“O processo foi declarado de excepcional complexidade e encontra-se em segredo de justiça”, refere ainda o DCIAP.