Sociedade
Alga substitui aditivos químicos na conservação de alimentos
Investigadores do IPL, em parceria com empresa, desenvolvem revestimento de origem marinha.
O desafio começou por ser o de desenvolver um revestimento de origem marinha que ajudasse a conservar maçã fatiada (designação corrente para a maçã de quarta gama). O objectivo era encontrar um substituto natural dos tradicionais aditivos químicos, que garantisse a conservação do produto por alguns dias.
A resposta a esse desafio juntou investigadores do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente do Instituto Politécnico de Leiria (Mare-IPLeiria) e empresa Campotec IN, de Torres Vedras, e evoluiu para um projecto mais abrangente: o AlgaeCoat, que acaba de ser distinguido pela Agência Nacional de Inovação, com um apoio de 225 mil euros (75% do valor total do projecto, que ronda os 300 mil euros).
Marco Lemos, coordenador do Mare-IPLeiria, explica que o objectivo do AlgaeCoat é dar continuidade à parceira entre esta unidade de investigação - associada à Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM) - e a Compotec IN, que se baseou na pesquisa de um novo revestimento de origem marinha para aplicação em maçãs de quarta gama.
O projecto inicial resultou na “obtenção e formulação de um revestimento, com base em compostos bio-activos de uma alga verde comestível”, que garante um tempo de prateleira “significativamente superior ao tradicional”. Na sequência dos resultados obtidos, existe já um pedido de patente em curso, que abrange não só o revestimento, mas também o seu processo de produção.
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