Ana João Santos: "Por norma rio muito mais do que choro, mas confirmo, sou uma lamechas inveterada"

Dizem-nos que faz uma açorda de camarão digna do guia Michelin. É mesmo jeito para a cozinha ou a excepção que confirma a regra?
Algum jeito e muito amor. Adoro comer!
O que a levaria ao sacrifício de uma dieta?
A saúde, porque sem ela não posso andar de um lado para o outro como eu gosto.
E a infringir a dieta sem remorsos?
Xiguinha de Cacana, a sopa das minhas avós, as iscas do Zé... quase tudo!
Prefere jantar com amigos ou cantar para eles?
Definitivamente jantar. Sou uma rapariga tímida. Talvez depois de um copo ou dois de tinto...
Ainda vamos ouvir essa voz no Got Talent? Ou, pelo menos, no Há Música na Cidade?
Gosto muito do Há Música na Cidade. Não vamos estragar! É mais fácil ouvirem-me parada num semáforo qualquer ou enquanto cozinho em casa.
Confirma que na combinação de Maria Bethânia com vinho tinto costuma acabar em lágrimas?
Por norma rio muito mais do que choro, mas confirmo, sou uma lamechas inveterada.
O que a torna mais emocional: o refrão de Explode Coração ou aquela música da Janis Joplin?
Não vamos por aí... mas quem vos deu estas informações?
Imagine que um familiar afastado lhe deixa um cofre cheio de dinheiro. Foge para onde?
Para quase todo o Mundo. Tenho fome de pessoas e lugares! Gosto de me pôr no lugar do outro. É assim que me vejo crescer.
Voltava ao voluntariado em África?
Não gosto de repetir experiências. Há tantas coisas que quero fazer… Mas esse tempo ficou para sempre. Sentia-me como peixe na água. E não era uma água qualquer!
Mantém contacto com a sua afilhada em Moçambique, que também se chama Ana João?
Não há internet por aqueles lados. E ao telefone, ouvir a voz de gente que foi família durante tanto tempo e que me ensinou tanto sobre o mundo e sobre mim... "Mana Ana, lá no Portugal também tem estrela?"... É difícil estar longe.
Já lhe enviou algum disco da Maria Bethânia?
Não, mas dancei Arcade Fire com o pai dela.

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