Abertura

Ano novo, problemas velhos. Apreensão é tónica dominante em 2023

5 jan 2023 09:45

O aumento do custo de vida, provocado pela subida de preços da energia, dos produtos alimentares e das taxas de juros, é apontado como uma das principais preocupações para o novo ano. Perspectivam-se ainda novas greves na educação, o agravamento desemprego e a continuidade da pressão sobre as urgências hospitalares

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Possível aparecimento de novas sub-variantes de Covid é uma das preocupações manifestadas em relação a 2023
Ricardo Graça
CG, DFS, EC, JSD e MAS

Não se adivinham bons tempos, segundo a visão de várias personalidades convidadas pelo nosso jornal a perspectivar 2023. A falta de profissionais de saúde e o fecho de serviços de urgência, as greves de professores, a subida de preços de energia e de produtos alimentares e o aumento das prestações da habitação são alguns dos constrangimentos com os quais os portugueses, muito provavelmente, se continuarão a deparar ao longo deste ano.

A guerra entre Rússia e Ucrânia deverá manter-se, com forte impacto na economia nacional. Será preciso apoiar as empresas, aumentar os salários e avançar para a reestruturação de fundo dos serviços para que alguns destes problemas sejam minimizados, propõem alguns dos analistas ouvidos pelo JORNAL DE LEIRIA.

Refeições, prestação da casa e gasóleo mais caros
“Somos uma pequena economia aberta, muito exposta e dependente de toda a componente internacional”, contextualiza Eduardo Nogueira, economista de Alcobaça. Nessa medida, o especialista preconiza que os efeitos da guerra continuem a penalizar os portugueses em 2023. “Os primeiros seis meses serão marcados pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. O Inverno e o frio serão aliados da Rússia, que, impedindo os ucranianos de ter aquecimento, agrava a dificuldade de um povo que está em sofrimento. Acredito que só depois do Inverno se voltem a equilibrar os pratos da balança”, estima o economista, para quem tal situação terá consequências no aumento dos preços das energias.

No sector alimentar, “acho que nós pagamos o esforço da guerra e alguns países, que têm posições dúbias, é que estão a beneficiar e a receber os cereais. Portanto, continuarão a subir os preços dos alimentos”. Ainda que a necessidade de

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