Sociedade

António Sales apadrinha 'kit' de boas vindas da escola dos Marrazes

16 jun 2023 10:00

Deputado na Assembleia da República e presidente da Assembleia Municipal de Leiria apoia projecto "inovador e diferenciador"

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Kit de boas-vindas foi lançado em Janeiro
Ricardo Graça

António Sales, deputado da Assembleia da República eleito pelo PS e presidente da Assembleia Municipal de Leiria, associou-se ao projecto do Agrupamento de Escolas de Marrazes, que elaborou um kit de boas-vindas para os novos alunos, com enfoque para os estrangeiros.

Escrito em quatro línguas e com comunicação acessível, o objectivo do pequeno livro é ajudar na integração de alunos e famílias imigrantes.

Satisfeito pelo convite, António Sales considera que esta iniciativa é uma “boa prática pedagógica” para a “integração e multiculturalidade”.

“Pela sua importância ao nível da integração e da multiculturalidade e até pelo seu carácter inovador e diferenciador, que pode vir a ser desenvolvido a nível nacional, apadrinho este projecto de valor”, sublinha ao JORNAL DE LEIRIA.

Português, inglês, francês e ucraniano são as quatro línguas utilizadas no kit de boas-vindas a imigrantes elaborado pelo Agrupamento de Escolas de Marrazes, em Leiria, com a colaboração dos estudantes do 3.º ano da licenciatura de Terapia da Fala do Politécnico de Leiria.

O livro foi também traduzido em braille pelo Centro de Recursos para a Inclusão Digital. Trata-se de um pequeno livro, ilustrado pelos actuais alunos do 4.º ano da Escola Básica da Gândara dos Olivais, que conta a história de um menino ucraniano e todos os seus passos num mundo desconhecido para ele.

De uma maneira simples e divertida, ao longo da história, o menino fica a saber como e onde pode apanhar o autocarro, almoçar, obter informações e os serviços que tem disponíveis para ajudar a sua integração.

Patrícia Oliveira, assistente social no agrupamento, foi a mentora do projecto e explica que o kit começou a ser desenvolvido há cerca de dois anos, ainda antes da guerra na Ucrânia. A coincidência de ser um menino ucraniano “agora ainda faz mais sentido, infelizmente”.

Em Janeiro, quando o projecto foi apresentado, no Agrupamento de Escolas de Marrazes existiam alunos de 20 nacionalidades, sendo a maioria brasileiros, marroquinos e ucranianos, referiu Jorge Edgar Brites.

Dos 2.206 estudantes àquela data, um quarto tem pais estrangeiros, sendo que em algumas casas não se fala o português, um desafio para toda a comunidade escolar.