Economia
Aumento dos combustíveis estrangula actividade das empresas de transportes
Os preços dos combustíveis não páram de crescer e as empresas de transportes de mercadorias da região estão, na maioria das vezes, a suportar os aumentos, o que estrangula a sua actividade
“Temos de fazer um grande jogo de cintura, cortando noutro lado para suportar este custo”.
Nuno Barrinho, gerente da Transportes Barrinho, fala do aumento dos preços dos combustíveis e tal como esta empresa de transportes de mercadorias também muitas outras da região sentem os impactos desta situação, que está a estrangular a actividade.
O empresário de Leiria diz que desde o início da pandemia os preços dos combustíveis aumentaram 29 cêntimos por litro e que no contexto actual as transportadoras não conseguem fazer repercutir essa subida nos preços cobrados aos clientes.
“Temos de ser nós a aguentar”, diz o responsável desta empresa de Santa Catarina da Serra, que tem uma frota superior a dez camiões e faz transportes para países como Polónia, Alemanha, Hungria, República Checa e Itália, entre outros.
Nestes países, “os preços também são elevados”, aponta, lembrando que por vezes o barato sai caro. E exemplifca: “abastecendo em Portugal com 100 litros de gasóleo fazem-se 900 quilómetros, com os mesmos 100 litros colocados em Espanha percorrem-se apenas 750”.
O aumento dos combustíveis, não apenas em Portugal como também noutros países, está a ter “um impacto muito significativo” na Transwhite, de Caldas da Rainha, que se dedica aos transportes internacionais.
A administradora Manuela Sábio explica porquê: “colocamos uma grande parte do combustível em Espanha, onde existiu um aumento no preço de 27% entre 30-06-2020 e 30-06-2021”. Em Portugal “o aumento foi de 6% e tivemos também um aumento de 17% na Bélgica no mesmo período de tempo”.
A empresária frisa que “estes custos são cada vez mais difíceis de alocar ao cliente devido a toda a situação económica, estando neste momento as transportadoras a suportar estes aumentos”. “Não está a ser fácil, todos sofremos com esta situação”, diz ao JORNAL DE LEIRIA.
Bruno Patrício, responsável pela Transleão, empresa de Leiria que faz transportes internacionais, sobretudo para França, afirma que as empresas estão a ficar descapitalizadas devido a esta situa
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