Sociedade

Autárquicas: Novo presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos promete diálogo com todos

27 out 2025 11:09

Carlos Lopes defende como prioridades para o mandato que agora se inicia as “pessoas primeiro”, criando “soluções para os seus problemas concretos”

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Carlos Lopes tomou posse como presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos no sábado
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Redacção/Agência Lusa

O novo presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Carlos Lopes, prometeu, no sábado, “um permanente diálogo com todos”, salientando que todos são necessários para contribuir para o progresso do concelho.

“Com humildade, tudo faremos para promover a paz social, a união, a concórdia, adoptando um espírito de permanente diálogo com todos, fomentando a escuta ativa”, afirmou Carlos Lopes, na cerimónia de posse, nos Paços do Concelho, destacando que todos “serão necessários para contribuir para o progresso e desenvolvimento futuro” do município.

O Movimento Figueiró Independente (MFI), liderado por Carlos Lopes, ganhou as eleições autárquicas de 12 de Outubro, conquistando dois mandatos para a Câmara, o mesmo número dos alcançados pelo PSD. O PS, que com Jorge Abreu liderava o município desde 2013 (mas sem maioria no último mandato), obteve um vereador.

“O MFI não venceu as eleições com maioria absoluta e, neste contexto, desejamos contar com a mesma colaboração e ajuda de todos, à semelhança do que foi a nossa atitude e disponibilidade que, sem nenhum estigma ou complexo, assumimos nos últimos oito anos de governação autárquica em todos os órgãos municipais e de freguesia onde tivemos representação eleitoral, permitindo sempre a governabilidade e gestão económico-financeira, respeitando, em todos esses momentos, aquele que foi o apoio expresso pela maioria da população”, continuou.

O presidente do município do norte do distrito de Leiria pediu “a todos reciprocidade e colaboração leal, sem prejuízo, naturalmente, daquela que seja a posição crítica e divergente que, eventualmente, possa ocorrer por força da alternância democrática”.

“Neste contexto, faremos a nossa parte, asseguraremos as pontes, o diálogo frontal, aberto e transparente, o respeito pela diferença, a tolerância e a total abertura para consensualizar, na medida do possível, soluções, sendo certo que o povo do concelho legitimou-nos para decidir”, assinalou.

No discurso, no qual cumprimentou os candidatos, os autarcas que cessaram funções e os eleitos para os diversos órgãos, Carlos Lopes disse que assume este desafio com “ambição de fazer o melhor” pelo concelho.

Na cerimónia, o presidente da Câmara, que dirigiu, em particular, palavras aos trabalhadores da autarquia, adiantou que as prioridades para o mandato que agora se inicia passam pelas “pessoas primeiro”, criando “soluções para os seus problemas concretos”, e o crescimento económico, para “a criação de emprego, a fixação da população, em especial a mais jovem”.

Desburocratizar e empreender uma diplomacia económica, para atrair novos investimentos, apoiar o comércio local e potenciar os setores agrícola e florestal e os produtos tradicionais são também objetivos, num concelho onde o potencial turístico é enorme, considerou.

“Finalmente, é nosso propósito definir um conjunto de políticas públicas que ajudem a atenuar as dificuldades dos mais pobres, dos mais vulneráveis e dos mais carenciados, conferindo maior dinamismo e coesão no domínio social e da saúde”, declarou.

Notando que nas eleições foi dada ao MFI a oportunidade que pediu, Carlos Lopes asseverou: “Tudo, mas mesmo tudo faremos para merecer e não desiludir, trabalharemos para todos, não excluindo ninguém”.

Carlos Lopes, de 60 anos, foi deputado do PS entre 2005 e 2009, tendo depois sido chefe de gabinete do último governador civil de Leiria, Paiva de Carvalho, que morreu hoje. Na sessão foi feito um minuto de silêncio.

Nas eleições autárquicas de 2009, foi cabeça de lista do PS à Câmara de Figueiró dos Vinhos, tendo sido eleito vereador, cargo que manteve até 2013.

Em 2017, liderou a lista do MFI e conquistou um lugar na vereação, sendo reeleito em 2021.

Nas últimas autárquicas, e para a Assembleia Municipal, o MFI conseguiu seis mandatos, o PSD cinco e o PS quatro. O MFI lidera também uma freguesia, igual número do PSD, enquanto o PS duas.