Sociedade
Bastonário dos Arquitectos integra um novo comité para projectar o Museu Nacional da Floresta na Marinha Grande
“Vamos criar um comité de acompanhamento e aconselhamento para que se faça o Museu Nacional da Floresta”, disse hoje Aurélio Ferreira ao ministro do Ambiente, na visita ao Pinhal de Leiria
Está previsto desde 1999, mas nunca saiu do papel. Foi prometido depois do incêndio de 2017, mas continua por concretizar. Agora, o Município da Marinha Grande vai criar um Comité Consultivo do Museu Nacional da Floresta, com vista à criação deste equipamento, anunciou hoje o presidente da câmara.
“A Marinha Grande tem desde 1999 um museu, que ainda não saiu do papel, mas temos intenção de o fazer e, por isso, vamos criar um comité de acompanhamento e aconselhamento para que se faça o Museu Nacional da Floresta”, disse hoje Aurélio Ferreira (+MpM) ao ministro do Ambiente e Acção Climática, Duarte Cordeiro, na visita ao Pinhal de Leiria.
Liderado pela autarquia, o Comité Consultivo do Museu Nacional da Floresta terá a colaboração dos arquitectos Gonçalo Byrne e Ricardo Camacho. Está previsto para o Parque do Engenho.
“Queremos fazer um Museu Nacional da Floresta. Não queremos fazer um museu aqui para a nossa zona. Queremos que Portugal tenha um museu da floresta, que é uma coisa que não tem e merece, porque temos uma componente florestal muito grande”, sublinhou Aurélio Ferreira.
O Comité é coordenado pelo presidente da Câmara, Aurélio Ferreira, e integra o presidente da Ordem dos Arquitetos Portugueses, Gonçalo Byrne; o coordenador da Comissão Técnica de Sustentabilidade da Ordem dos Arquitetos, Ricardo Camacho; o arquiteto marinhense, Frederico Barosa; a chefe de Divisão da Cultura, Património Cultural e Turismo da Câmara Municipal, Ana Carvalho; o chefe de Divisão Jurídica, Nuno Costa; e a técnica superior da Divisão de Ambiente, Alterações Climáticas e Sustentabilidade, Sónia Guerra; sendo objetivo vir a integrar, no curto prazo, entidades parceiras, tal como representantes do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).
Aurélio Ferreira afirmou que o acervo está guardado e que não se irá criar um “museu megalómano, que custe milhões”.
Segundo o presidente, à Câmara da Marinha Grande caberá “fazer a concepção” do museu e uma parte do financiamento.
“A bola está do nosso lado. Vamos fazer um museu devagarinho para daqui a uns anos termos um museu nacional”, assumiu.
Duarte Cordeiro admitiu uma “postura de cooperação com o território para envolver mais a comunidade” na recuperação do pinhal de Leiria, que ardeu há cinco anos, salientando a “parceria em projectos que tenham a ver com a valorização do território”.
“Ficamos ansiosamente à espera do projeto do Museu da Floresta. Cá estamos para partilhar esses projectos de futuro”, referiu, aproveitando a visita à Mata Nacional de Leiria para afirmar que o trabalho conjunto contribuirá melhor para “recuperar a Mata Nacional de Leiria até 2038”.
“Do nosso lado haverá todo o empenho e dedicação para que isso aconteça”, assumiu o ministro.