Viver
Bebés vão “criar” música para os músicos tocarem, tudo em tempo real, com tecnologia no palco dos concertos
A companhia Musicalmente e Paulo Lameiro são parceiros fundadores de uma investigação de vanguarda à escala europeia que quer dar mais protagonismo aos bebés nas artes performativas e tornar os espectáculos com a primeira infância ainda mais participativos
O futuro dos concertos para bebés está à porta e envolve câmaras, sensores, telemóveis, inteligência artificial e realidade aumentada. No final do espectáculo da companhia Musicalmente com a cantora e compositora Surma inicia-se a apresentação do projecto Amplify, com Paulo Lameiro a falar para os pais espalhados pelo palco do Teatro Miguel Franco, os primeiros a conhecer a iniciativa inovadora que através de tecnologias digitais pretende revolucionar as artes performativas com a primeira infância. “Os vossos bebés vão ter sensores no corpo”, adianta Paulo Lameiro. “Durante o concerto, o vosso bebé vai ouvir a música, vai reagir à música, e quando reagir à música, os sensores vão transformar as suas emoções numa partitura. Os músicos vão ter óculos virtuais e vão tocar a partitura que o vosso bebé vai fazer, ou seja, o bebé vai compor uma música em tempo real e o músico vai tocar a música que o bebé compõe”.
Abre-se, portanto, um novo paradigma na fruição da arte e o modelo ambiciona uma experiência mais participada, imersiva e multidireccional. “Para nós, num concerto, os bebés são os verdadeiros solistas, e, então, o que é que nós queremos? Dar mais protagonismo aos bebés”, conclui Paulo Lameiro. “Na verdade, nós vamos ter inteligência artificial mas a ideia é que possamos estar de forma mais intensa com os nossos bebés”.
Sabia que pode ser assinante do JORNAL DE LEIRIA por 5 cêntimos por dia?
Não perca a oportunidade de ter nas suas mãos e sem restrições o retrato diário do que se passa em Leiria. Junte-se a nós e dê o seu apoio ao jornalismo de referência do Jornal de Leiria. Torne-se nosso assinante.