Sociedade
Bispo exorta a cuidarmos "uns dos outros" num quadro mundial dos "mais dramáticos"
Na sua mensagem natalícia, D. José Ornelas, bispo de Leiria-Fátima, afirma que o Natal é sinal de “luz no meio da noite, de paz no meio da guerra, de consolação e esperança no meio da desolação e do desespero”.
Na sua mensagem de Natal, o bispo de Leiria-Fátima deixou um apelo para cuidarmos "uns dos outros", lembrando que esta quadra será vivida “quadro mundial dos mais dramáticos dos últimos decénios”.
“Quando aprendermos a cuidar assim uns dos outros, especialmente daqueles e das realidades que são mais frágeis, estaremos a cuidar do futuro de todos e a contribuir para que aconteça Natal na Humanidade”, afirma D. José Ornelas.
No texto divulgado esta sexta-feira, o bispo aponta algumas das "sombrias nuvens" que se abatem sobre o mundo, como a “selvagem invasão da Ucrânia, com o desumano e visado agravamento do sofrimento e morte de crianças e populações indefesas".
O prelado fala ainda da degradação das condições económicas derivadas deste e de outros conflitos, que aumentam o empobrecimento e a miséria em todo o mundo” e da “agudização das condições climáticas, com risco de irreversíveis danos para todo o planeta” e as “correntes de migrantes à procura de sobrevivência e dignidade”.
Luzes que "infundem esperança"
Para D. José Ornelas, são “sombrias nuvens de trevas e dor que se adensam sobre toda a humanidade e que a todos angustiam”. No entanto, frisa, "no meio das trevas da violência e da morte, surgem luzes que infundem esperança e mostram novos caminhos para um futuro possível e melhor”.
Entre as luzes "geradores de esperança", o bispo de Leiria-Fátima enumera "as vozes que se erguem de todo o mundo a condenar a guerra e a destruição", bem como "a solidariedade, mesmo que insuficiente, de quem envia geradores de luz para as noites e de calor para o frio, a partilha do pão nos bancos alimentares da generosidade, que sacia bocas famintas e guarnece mesas vazias”.
O prelado assinala também "a mobilização em favor de mudanças radicais nas políticas climáticas e as respostas – ainda tímidas e escassas – de dirigentes que começam a dar passos para salvar o futuro" como outros exemplos a valorizar.
“Há luzes!… e é preciso ampará-las e juntar-lhes também a nossa, com atitudes despertas e concretas, para criar esperança e caminho, a fim de que um novo futuro seja possível”, afirma D. José Ornelas,