Sociedade
Bombeira acusada de atear fogos em prisão preventiva após violar domiciliária
O julgamento da bombeira, acusada da autoria de dois incêndios em Pedrógão Grande, já está a decorrer

A bombeira acusada da prática de dois crimes de incêndio florestal no concelho de Pedrógão Grande incumpriu a prisão domiciliária à qual estava sujeita e foi detida preventivamente.
No cumprimento de um mandado de detenção e condução de detido a estabelecimento prisional, a PSP de Leiria encaminhou a suspeita até ao Estabelecimento Prisional de Tires, uma vez que o Tribunal Judicial de Leiria decidiu agravar a medida de coacção de prisão domiciliária.
A bombeira de 44 anos, no quadro de reserva da corporação dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, terá ateado os jogos na tarde de 2 de Junho de 2024 e tinha-lhe sido aplicada a medida de coacção de prisão domiciliária “por ter actuado com o propósito, concretizado, de provocar um incêndio, colocando em perigo a zona florestal circundante, habitações, um parque de campismo, bem como a integridade física dos habitantes”, considera a PSP de Leiria.
Na primeira sessão de julgamento, que decorreu a 18 de Junho, a arguida assumiu ao colectivo de juízes ter provocado um incêndio “por distracção”, garantindo que desconhece o segundo fogo de que está acusada.
A mulher adiantou que fez uma caminhada e “por distracção” tocou com a ponta do cigarro nos fetos e ateou o fogo.
“Tentei apagar com os pés e não consegui. Liguei para o 117 de imediato. Não foi de propósito. Foi descuido.”
Na audiência, a arguida chegou acompanhada de uma enfermeira, uma vez que se encontrava internada num hospital psiquiátrico.