Saúde
Broa de milho pode voltar a ser consumida em Leiria, Santarém, Coimbra e Aveiro
As autoridades de saúde justificam o decisão com a "inexistência de novos casos suspeitos associados a esta toxinfecção" e a "ausência de circulação, à data, de produtos potencialmente contaminados no mercado"
A broa de milho pode voltar a ser consumida nas localidades dos distritos de Leiria, Santarém, Coimbra e Aveiro, onde a sua ingestão estava desaconselhada desde 10 de Agosto, anunciaram ontem as autoridades de saúde e segurança alimentar.
Em comunicado conjunto, a Direcção-Geral da Saúde, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária justificam o anúncio com a "inexistência de novos casos suspeitos associados a esta toxinfecção, em resultado da intervenção das autoridades competentes", e com a "ausência de circulação, à data, de produtos potencialmente contaminados no mercado".
Em 10 de Agosto, as mesmas entidades tinham recomendado o não consumo de broa de milho em determinados concelhos dos distritos de Leiria, Santarém, Coimbra e Aveiro, depois de terem sido detectados 187 casos suspeitos de toxinfecção alimentar associados ao consumo de broa de milho em Pombal, Ansião, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Ourém, Figueira da Foz, Condeixa-a-Nova, Coimbra, Ílhavo e Vagos.
Ao todo, segundo o comunicado de ontem, houve 209 casos de toxinfecção alimentar, dos quais apenas dois foram reportados após 10 de Agosto, fruto da "estratégia adoptada pelas autoridades competentes" e da "adesão às medidas estabelecidas pelos operadores económicos e pelos consumidores".
Os dados laboratoriais recolhidos provam "haver fortes indícios de contaminação das farinhas com sementes de plantas do género Datura, infestante que pode estar presente nos campos de milho", adianta o comunicado, assinalando que "a contaminação por sementes desta infestante pode ocorrer durante a colheita do milho".