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Camané, António Zambujo e Aurea no disco da Orquestra Jazz de Leiria, que lança single com David Fonseca
Orquestra Jazz de Leiria assinala 10 anos com concerto e primeiro disco
Esgotar várias vezes a lotação do Teatro José Lúcio da Silva não está ao alcance de todos, mas é o registo da Orquestra Jazz de Leiria nos últimos 10 anos, em parceria com alguns dos cantores e compositores portugueses mais mediáticos.
O aniversário foi celebrado no sábado, 20 de Novembro, com um concerto.
Também para assinalar a data, sai o primeiro álbum, Dez, um longa duração gravado em estúdio e editado pela Sony Music Entertainment, com 25 temas, 14 convidados e duas horas de música.
“Este tipo de combinações não existe em Portugal. É muito raro. E com a consistência que o temos feito é uma mais-valia”, refere César Cardoso, mentor e director artístico da Orquestra Jazz de Leiria, criada em 2011.
“Chamar a malta toda” e “contactar todos os convidados” revelou-se “um pesadelo”. Mas 10 anos constituem “uma boa marca para fazer um disco” e ele está aí, com nomes como Ana Bacalhau, António Zambujo, Aurea, Camané, David Fonseca, Herman José, Jorge Palma, Luísa Sobral, Maria João, Miguel Araújo, Pedro Abrunhosa, Pedro Moreira, Tomás Pimentel e Vânia Fernandes.
Só faltam Salvador Sobral, Sara Tavares, Simone de Oliveira e Tiago Bettencourt, cuja colaboração em estúdio foi impossível de concretizar.
O videoclipe e single It Ain't Over, original escrito por David Fonseca, com arranjos de César Cardoso, é, com o tema Tomás, do pianista Pedro Nobre, um dos dois inéditos no álbum.
Cada ida a palco da Orquestra Jazz de Leiria com convidado “é um concerto único” e “especial”, acredita César Cardoso. Há “uma cedência das duas partes” na selecção do repertório e na escolha dos arranjos, habitualmente da responsabilidade de César Cardoso e Pedro Nobre, o que produz “uma diversidade muito grande” de estilos, dos standards do jazz à música portuguesa, que permite “chegar a outros públicos” e se encontra reflectida no disco, que, em Janeiro, será apresentado nos coliseus de Lisboa e do Porto.
“Leiria sempre foi muito conhecida por ter muitos músicos e fazia falta uma orquestra”, salienta César Cardoso. Embora nem todos residam actualmente em Leiria, todos os membros da Orquestra Jazz de Leiria – uma big band (com sopros e secção rítima) – são de Leiria: José António Lopes (saxofone alto/soprano), Ivan Silvestre (saxofone alto), Vítor Lopes (saxofone tenor), João Cunha (saxofone tenor), Bruno Homem (saxofone barítono), Diogo Pedro (trompete), André Rocha (trompete), Cláudio Pinheiro (trompete), João Ferreira (trompete), Ruben da Luz (trombone), Nuno Carreira (trombone), Rui Correia (trombone), Daniel Marques (tuba), Paulo Santo (vibrafone), Adelino Oliveira (guitarra), Pedro Nobre (piano), Diogo Dias (contrabaixo) e João Maneta (bateria).
O que se segue é uma pauta ainda quase toda em branco. Mas não faltam ideias nem artistas. Fernando Tordo, Rui Veloso ou Paulo de Carvalho, entre outros, podem ser os próximos convidados, já em 2022. E existe o desejo de levar o formato a circular pelo País, fora do Teatro José Lúcio da Silva.