Sociedade

Câmara de Leiria vai estudar estabilidade da encosta do castelo

27 dez 2022 19:01

Estudo sugerido pelo vereador do PSD

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O presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes (PS), comprometeu-se hoje a realizar um estudo para verificar a estabilidade da encosta do castelo, aceitando a sugestão do vereador do PSD, Álvaro Madureira.

“Em tempos houve algum trabalho que foi feito com o Politécnico de Leiria. Desde então não fizemos nenhuma evolução sobre essa matéria, mas é pertinente essa questão”, afirmou Gonçalo Lopes na reunião de câmara, em resposta a Álvaro Madureira, que alertou para o "maciço rochoso" e "várias fracturas" no local.

A advertência do vereador surgiu depois do deslizamento de terras que aconteceu esta madrugada na Rua de São Miguel, com o desprendimento de um bloco rochoso do talude do cemitério de Leiria.

O presidente da Câmara acrescentou que o estudo deverá incidir, sobretudo, nas zonas mais próximas das habitações e que têm um nível de desgaste maior.

O vereador da Protecção Civil (PS) explicou que o movimento de massas desta madrugada caiu nos terraços de um edifício, levando ao deslocamento de 11 moradores, por uma questão de precaução.

Luís Lopes revelou que o edifício não sofreu quaisquer danos e os técnicos têm estado a aferir da estabilidade do talude “para verificar se justificam algumas medidas complementares”.

Sete milímetros de chuva por metro quadrado

Este deslizamento resultou da forte precipitação em Leiria, que esta segunda-feira provocou inundações no centro da cidade. “Tivemos um episódio de precipitação forte e localizado, entre as 11:10 horas  e 11:25 horas. Foi registada uma acumulação de precipitação de 7 milímetros, o que significa que tivemos sete litros por metro quadrado em 15 minutos”, afirmou.

Comparando com os valores de referência da chuva da semana anterior, Luís Lopes referiu que a “precipitação em 24 horas nunca chegou a uma taxa deste género” e que para ter algo idêntico seria necessário ter “uma acumulação de 28 milímetros por hora”.

“Apesar deste nível de precipitação, passados dez a 15 minutos já não tínhamos acumulação da precipitação, o que permitiu manter a circulação rodoviária”, explanou.

Luís Lopes referiu que “a situação que demorou mais tempo a ser resolvida foi a precipitação acumulada na Igreja [Espírito Santo] junto à rotunda do Sinaleiro, onde houve uma maior concentração de recursos, dado que chegou a ter uma altura de aproximadamente 20 centímetros [água], sendo que por volta das 13:30 horas já a situação tinha sido regularizada”.