Sociedade

Capuchos: bairro ou parque de estacionamento?

29 out 2015 00:00

Está identificada a primeira batalha a travar pela recém-criada Associação de Moradores e Amigos do Bairro dos Capuchos (AMABC): o estacionamento anárquico na zona.

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Maria Anabela Silva

Com grande parte do parqueamento do centro de Leiria tarifado, o bairro é hoje usado por muitas pessoas que trabalham naquela zona da cidade e que ali procuram um lugar gratuito. Em resultado, há carros parados quase em todo o lado, nomeadamente em cima dos passeios e em largos que podiam ser usados para a circulação pedonal. A colocação de parquímetros, com a atribuição de cartões a residentes, é uma das soluções preconizadas pela associação e pela câmara, mas entre os moradores a medida não é consensual.
“Resolve-se o problema dos residentes, mas cria-se outro para quem trabalha nesta zona e não tem onde deixar o carro gratuitamente. O bairro não é dos residentes. É de todos”, afirma José Valente, que vive nos Capuchos há 35 anos e que sofre na pele a dificuldade de encontrar estacionamento, uma vez que o seu prédio não tem garagem. “Muitas vezes, a solução passa por deixar o carro mal parado e ficar de olho, à espera que alguém saia”, conta.
Mais sorte têm Cristina Sousa e Ricardo Grangeio, que dispõem de “um parque particular” nas traseiras do prédio onde vivem, mas reconhecem que, neste momento, o estacionamento no bairro está “um caos”.
“Há carros por todo o lado, porque há muitas pessoas de fora, nomeadamente, funcionários dos serviços públicos da zona, como câmara, Segurança Social ou finanças que vêm deixar o carro demanhã e só tiram à noite”, diz Ricardo Granjeio, que admite como solução a colocação de parquímetros e cartões de residente.

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