Sociedade
Casos de crianças em risco aumentam na Marinha
Nazaré acompanhou 94 novos casos
O número de crianças e jovens em risco no concelho da Marinha Grande aumentou em 2023, face ao ano anterior, de acordo com dados do último relatório da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ), divulgado na última reunião de Assembleia Municipal.
Ana Alves Monteiro afirmou que o volume processual aumentou de 429 para 477 processos. “Os motivos que fundamentam as sinalizações são sobretudo os maus-tratos e violência doméstica, mas também negligência e absentismo escolar”, precisou a vereadora. A autarca sublinhou que 75 denúncias estão relacionadas com a violência doméstica e os casos chegam à CPCJ através das forças policiais e das escolas.
“Quando os casos são remetidos para a CPCJ, as pessoas têm um sentimento de alívio, nomeadamente, quando chegam através das escolas”, acrescentou.
Segundo Ana Alves Monteiro, sempre que as escolas se deparam com “uma situação mais crítica remetem-nas para a CPCJ”, que procura aplicar medidas de “apoio em meio natural de vida junto dos pais”, aquela que é mais utilizada.
Em 2023 foram também arquivados 276 processos, após a fase de instrução, “porque a situação de perigo deixou de subsistir ou porque não se confirmaram as denúncias”.
Ana Alves Monteiro explicou ainda que os processos também são encerrados na CPCJ quando as famílias recusam a intervenção, sendo enviados para a Procuradoria do Juízo de Família e Menores.
O relatório de 2023 refere ainda que foram dados alguns apoios económicos às famílias e que se registou o reforço de mais um elemento na CPCJ, que passou a contar com dois técnicos a tempo inteiro.
Nazaré acompanhou 94 novos casos